Secretaria se articula para fomentar a produção de uva em Pato Branco

Os dados mais recentes do Valor Bruto da Produção (VBP), divulgados pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Paraná, em julho deste ano, revelaram que em 2020 Pato Branco movimentou R$ 77,4 mil somente com relação a produção de usa de mesa. Já a produção de uva vinífero, foi responsável por R$ 42 mil.

Mesmo somando os valores finais de produção, o retorno obtido pela produção vitivinícola de Pato Branco em 2020, ficou abaixo da de 2019, quando o VBP anotou somente a produção de uva vinífera, com uma movimentação de R$ 176 mil.

Movida pelo programa de Revitalização da Vitivinicultura Paranaense (Revitis), desenvolvido pelo Governo do Paraná, nesta semana, a Secretaria Municipal de Agricultura realizou nesta semana, um encontro com 25 produtores, em sua maioria com parreirais já estabelecidos, para apresentar o projeto, mas também para ter uma real necessidade do setor, que em sua maioria é encarada como uma renda complementar nas propriedades.

Segundo a secretária Vanessa Zanon os produtores que participaram do encontro foram identificados por meio de visitas, assim o primeiro encontro que teve a participação de uma equipe do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), serviu para sentir a intenção de implantação ou recomposição e ampliação de parreirais.

Em sua maioria, os produtores que participaram do encontro, pertencem as comunidades de São João Batista, Nossa Senhora do Carmo e São Miguel, que fazem parte do chamado núcleo do Cachoeirinha.

De acordo com a secretária, foi possível identificar que atualmente a grande preocupação dos produtores de uva do município estão relacionadas a deriva de defensivos utilizados nas lavouras, que acabam por adentrar os parreirais.

Próximo passo

Nesta semana deve ter início a elaboração dos projetos, identificando as demandas de cada produtor. Quando todos estiveram prontos, serão encaminhados para a Seab em Curitiba, para seguir os trâmites de liberação de recursos, que podem chegar até R$ 25 mil por CPF.

A secretária também esclarece que situações como tipos de uvas (viníferas, de mesa, ou para suco) serão definidas por cada produtor, bem como a técnica de cada parreiral, horizontal ou em espaldeira.

Fortalecimento

“Temos como objetivo fortalecer a viticultura em nosso município e futuramente entrar na rota do turismo rural, com produtos de qualidade. Além de incentivar o produtor, proporcionar condições de produção e fortalecer as propriedades”, frisa a secretária, avaliando que atualmente a comercialização in natura não é um problema no município.

Contudo Vanessa acredita em um fortalecimento das propriedades por meio da produção de vinho, abrindo um novo mercado consumidor, mas também de sucos, geleias e doces, que podem ser incorporadas a merenda escolar.

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