Desejo por plano de saúde se mantém na pandemia, mas tecnologia ganha destaque

Entre os vários paradigmas que veio a quebrar, a pandemia levou, no Brasil, a uma mudança no perfil de desejo de posse do consumidor. É o que mostra uma pesquisa encomendada ao Vox Populi pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O levantamento foi divulgado na segunda-feira, 28 de junho.
Como em anos anteriores, contar com um plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, após casa própria e educação. Mas o levantamento aponta crescimento da intenção de posse de carro próprio, de aparelhos celulares, de acesso à internet de alta velocidade e também de computadores.
Ou seja, o período da pandemia deflagrou um processo de redimensionamento dos desejos da população, ainda que isso não interfira no ranking geral. Os quatro itens mais desejados segundo o estudo, tanto entre os que já se beneficiam com um plano quanto os que não, continuam sendo, pela ordem, casa própria, educação, plano de saúde e carro próprio.
Olhando as edições anteriores da pesquisa, de acordo com seus idealizadores, nota-se que houve uma alternância entre educação e casa própria na primeira colocação. Já o plano odontológico, que não era avaliado, ficou na nona posição tanto entre beneficiários quanto não beneficiários.
“O medo de contágio pela covid-19 fez o carro voltar a ser objeto de desejo do brasileiro como forma de evitar deslocamentos em veículos com aglomerações, enquanto o distanciamento social impôs maior uso de dispositivos eletrônicos e banda larga, para consultas em telemedicina, aulas online para filhos em idade escolar”, aponta José Cechin, superintendente executivo do IESS.
De acordo com ele, tanto essa quanto as demais alterações no ranking de bens e serviços desejados podem ser reflexos da crise sanitária atual.
Plano
Os índices de intenção de continuar no plano de saúde atual também atingem seu melhor desempenho na série histórica, desde 2015 – ano em que a pergunta sobre intenção foi inserida na pesquisa. A taxa passou de 86% naquela data para 87% em 2017, 88% em 2019 e 90% em 2021.
O índice recomendação por parte dos beneficiários também apresentou avanço, segundo o estudo. Em 2015, 79% recomendariam para amigos e familiares o seu plano de saúde atual. Em 2021, a taxa passou a 86%. O maior número foi encontrado em Manaus, 92%, e o menor em São Paulo, com 83%.
“A taxa vem em linha com outros números da pesquisa e reforça que o brasileiro passou a valorizar ainda mais o plano de saúde em meio à pandemia de coronavírus”, avalia Cechin. Ele informa que o levantamento foi feito em oito capitais metropolitanas. “O maior índice foi encontrado na região de Manaus, que sentiu fortes impactos da crise atual”, lembra.
A íntegra da pesquisa foi divulgada no portal do IESS no endereço https://www.iess.org.br/.
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