“Plano é equalizar preço de carbono para produtos domésticos e importados”, resumiu o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, em coletiva de imprensa após os encontros. Em uma proposta que deve ser apresentada em julho, o braço-executivo da UE espera “incentivar a sustentabilidade globalmente”, indicou Dombrovskis.
Caso a legislação seja aplicada, produtos cuja pegada de carbono que entrem no bloco podem passar a serem sobretaxados aos consumidores.
Na visão do ministro das Finanças de Portugal, João Leão, é necessário observar a questão “para fora das fronteiras”, já que não adianta “cortar emissões enquanto outros poluem”. “Europa está na liderança das questões climáticas, por isso somos exigentes em combater a poluição também em países que estão fora”, afirmou o ministro do país que tem a liderança temporária do Conselho da UE.
Tendo em vista a meta de reduzir 25% das emissões de carbono até 2030, Dombrovskis afirmou que o tema teve amplo apoio, e que “concordamos que taxação verde pode gerar menos poluição” durante as discussões.
Chamado mecanismo de ajuste de fronteira de carbono (CBAM, na sigla em inglês), o tema foi descrito como “complexo” pelos presentes. Aço, eletricidade e fertilizantes foram apontados como áreas na qual o mecanismo pode ter impacto.
Durante a coletiva, ocorrida em Lisboa, foi reforçado que a UE deve ter crescimento de 4,2% em 2021, e 4,4% em 2022. Todos os países devem ter retorno aos níveis de antes da crise no final de 2022″, afirmou Dombrovskis.
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