Ao participar de uma live sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia transmitida pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Salles afirmou que o problema climático não foi criado e agravado pelo Brasil, um país que era “eminentemente agrícola” durante o processo de industrialização das economias desenvolvidas.
“No saldo acumulado de gases de efeito estufa na atmosfera, o Brasil tem participação próxima de zero”, comentou o ministro, acrescentando que, se considerado o fluxo atual de emissões, o Brasil participa de 3%, muito menos do que as emissões de China (30%), Estados Unidos (15%), Europa (14%) e Índia (7%).
Segundo Salles, o ponto de partida não deve ser, então, igual para todos. “Não pode ser partimos do zero, está todo mundo igual. O Brasil não pode aceitar essa condição … Vamos colaborar, mas precisamos colocar a questão em perspectiva. Não temos que estar nivelados.”
De acordo com Salles, o Brasil não deve assumir metas de cortes de emissões mais apertadas do que as aplicadas a países que contribuíram mais às mudanças climáticas. “Não participamos da degradação dos gases de efeito estufa, não partilhem essa conta conosco”, comentou o ministro do Meio Ambiente.
