As negociações não foram fáceis, tendo ocorrido sete reuniões entre o clube e os representantes dos atletas. Contudo, nem todos os jogadores estarão no acordo: Piqué, Ter Stegen, Lenglet e De Jong já haviam aceitado uma redução salarial anteriormente, antes de Josep Maria Bartomeu renunciar à presidência do Barcelona, mas com a condição de estenderem seus vínculos com a equipe catalã por mais tempo.
A junta diretiva que assumiu o comando do clube foi quem seguiu com as negociações. “A ideia é diferir os pagamentos e chegar a um acordo que favoreça todas as partes. Não queremos tirar dinheiro de ninguém”, explicou Carlos Tusquets, presidente da junta. Segundo o dirigente, o Barcelona precisaria economizar 300 milhões de euros (R$ 1,9 bilhão) para se enquadrar no que previa gastar.
Inicialmente, a ideia era conseguir reduzir o salário dos atletas em 190 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão). A intenção da junta era que o valor economizado na temporada 2020/2021 em salários fosse pago em 10 anos. Os jogadores estavam predispostos a ajudar o clube, mas consideravam que o montante e, principalmente, os prazos eram muito grandes. Por fim, conseguiram o acordo.
Na oposição do clube, surgiram críticas ao acordo. Um pré-candidato à presidência ouvido pelo jornal El Pais afirmou que o acordo não faz sentido, já que o próximo presidente terá que seguir negociando o tema.
Outro ponto levantado é que não foi alcançado o valor desejado e que, portanto, o Barcelona terá de seguir buscando outras formas de economizar dinheiro. As eleições estão marcadas para março de 2021.
