A liga italiana anunciou que todos os jogadores entrarão em campo vestindo uma braçadeira preta, e um minuto silêncio será respeitado antes do início de cada jogo da nona rodada da competição, com os jogadores alinhados em torno do círculo central.
Durante o minuto de silêncio, uma imagem de Maradona será projetada nos telões dos estádios, e a mensagem “ciao, Diego” (adeus, Diego) será exibida nas arquibancadas, que estarão vazias por conta das medidas restritivas ao coronavírus.
Aos 10 minutos de cada partida, a imagem de Maradona volta a ser projetada, em referência ao número da camisa do craque argentino. Antes, o vídeo do aquecimento de Maradona antes do jogo do Napoli contra o Bayern de Munique em 1989 será transmitido nas telas dos estádios.
Maradona levou o Napoli aos seus dois únicos títulos do Campeonato Italiano em 1987 e 1990 e é considerado uma figura divina em Nápoles. Além disso, também conquistou a Copa da Uefa (atual Liga Europa) em 1989 pelo time italiano, no qual jogou por sete anos, de 1984 a 1991.
Milhares de torcedores do Napoli fizeram uma peregrinação ao Estádio San Paolo na quinta-feira para acender uma vela, deixar um lenço ou uma camisa e derramar algumas lágrimas em memória de seu herói. Em campo, o Napoli venceu o Rijeka, da Croácia, por 2 a 0 em partida da Liga Europa que também ficou marcada pelos tributos ao ídolo. Em uma demonstração de carinho, o clube publicou uma carta de despedida ao ex-jogador.
“Maradona não foi apenas um jogador que venceu aqui, mas também foi o orgulho dessa cidade, vestindo essa camisa e representando todo o povo. Muitos se chamam Diego em sua homenagem. Acho que Maradona é mais importante até que San Gennaro em Nápoles”, opinou Gattuso, técnico do Napoli, em referência ao padroeiro da cidade do sul da Itália.
O prefeito de Nápoles, Luigi De Magistris, anunciou que deu início ao processo formal para renomear San Paolo como estádio Diego Armando Maradona. No domingo, o Napoli duela com a Roma no local.
Maradona morreu na última quarta-feira após sofrer uma parada cardiorrespiratória, aos 60 anos, duas semanas depois de receber alta de um hospital em Buenos Aires por conta de uma cirurgia no cérebro.
