Se a tocha Olímpica sai em revezamento de Brasília em 3 de maio, uma amostra da onda que percorrerá todo o país foi apresentada nessa quarta-feira (24) pelo Rio 2016. Na Cidade Nova, junto à sede do Comitê Organizador, uma passarela foi tomada pelo desfile de crianças empunhando placas com os nomes de todas as 329 cidades por onde a tocha será levada. A eles se juntou um grupo de brincantes com pernas de pau e roupas coloridas de reisado dançando ao som de diferentes ritmos brasileiros. Assim, com muita festa, sob sol de 40 graus, também foi apresentado o uniforme dos condutores, tendo como “modelos” a judoca Érika Miranda, o mascote Vinícius e representantes indicados pelos patrocinadores Bradesco, Coca-Cola e Nissan. Além de Érika, participaram do evento Laís Souza, Maria Esther Bueno e Gustavo Borges, que também estão confirmados no revezamento.
Além de simbolizar a paz, a passagem da tocha dará oportunidade a pessoas do país inteiro de se sentir parte dos Jogos Olímpicos. Quando os atletas competem é pelo Brasil. Com a chama indo para cada cantinho do país, mesmo quem não puder vir tem chance de sentir o gosto dos Jogos, disse Érika, campeã dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 na categoria até 52 kg.
Sorridente, ela se disse orgulhosa por apresentar o uniforme dos condutores – em sua maior parte branco – e brincou: E é bom que a camiseta seja acompanhada por shorts, porque acredito que na maior parte do país o revezamento será no calor, né?.
Escolhida como tema do revezamento da tocha, a música “A Vida do Viajante (conhecida pelo verso Minha vida é andar por este país…) de Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil, animou o público. O cantor cearense Geraldo Júnior emendou, caprichando na diversidade de ritmos regionais.
Carlos Nuzman, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, destacou a importância do trabalho conjunto com representantes dos governos federal, estadual e municipal e, sobretudo, da Força Nacional, que tem papel fundamental na logística do revezamento da tocha. Serão ao todo 12 mil condutores.
O capitão Fabiano Rene Farias, que percorrerá a rota da tocha como segurança, conhece parte do país mas vibra com a chance de para o Nordeste. Cada policial do grupo da Força Nacional que acompanhará a tocha está preparado para correr pelo menos dez quilômetros – eles também se revezam, mas não na proporção de 200 metros, como é o caso dos condutores.
Honra e emoção
O nadador Gustavo Borges, dono de quatro medalhas Olímpicas, observa que desta vez será mais interessante ser condutor do que em 2004, quando a tocha dos Jogos de Atenas passou pelo Brasil. O revezamento vai mostrar lugares interessantes para nós mesmos e para o mundo todo. É uma responsabilidade, disse o atleta, indicado pelo Bradesco, assim como a tenista Maria Esther Bueno. Ela brincou com os repórteres: Ex-atleta, não; ainda-atleta! Conduzir a tocha é uma honra sem tamanho – nunca pensei que fosse acontecer.
