Estudo mapeia acidentes de trânsito em Pato Branco

Região central concentra maior fluxo de veículos e maior número de acidentes
(Foto: Arquivo/Diário do Sudoeste)

Um estudo realizado no curso de mestrado em Engenharia Civil, da UTFPR, campus Pato Branco, colocou no mapa os acidentes de trânsito registrados pela Polícia Militar entre os anos de 2014 e 2019 no perímetro urbano de Pato Branco.

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Desenvolvido como dissertação pela mestra em Engenharia Civil, Gabriela Legramanti, o trabalho foi feito com o objetivo de demonstrar a utilidade do Sistema de Informação Geográfica (SIG) para o planejamento urbano, especialmente a partir da análise de acidentes de trânsito.

Em linhas gerais, o SIG consiste em colocar informações em um mapa. Para sua pesquisa, Gabriela localizou no mapa da cidade mais de 5300 ocorrências registradas pela polícia no período de cinco anos. “Cada ocorrência de acidente vai ser um ponto do mapa. E cada ponto de ocorrência tem várias informações contidas, como horário, o dia, os dados do condutor do veículo”, detalha. O estudo foi feito com a orientação do professor doutor Ney Tabalipa.

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Gabriela explica que o estudo se concentrou em demonstrar a viabilidade do SIG para o planejamento urbano, e não a proposta de soluções ou mesmo procura das causas dos acidentes em Pato Branco.

A partir do sistema é possível gerar mapas de calor, identificando em tons de vermelho, por exemplo, as regiões com maior número de acidentes. De acordo com o estudo, a grande maioria dos acidentes no perímetro urbano aconteceram na região central.

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A partir da análise de mapas fornecidos pela pesquisadora ao Diário, é possível identificar uma grande quantidade de registros em cruzamentos, como entre as ruas Araribóia e Tupi, e Iguaçu e Tocantins. No mapa, boa parte dos pontos em vermelho se concentram em cruzamentos com a Rua Tocantins e a Avenida Tupi.

Análise

Gabriela comenta que a contagem de acidentes ou observação superficial do mapa não são suficientes para classificar uma região como potencialmente mais perigosa.

Sobre o centro, por exemplo, ela analisa que é a região com concentra o maior fluxo de veículos, e portanto também possui maiores probabilidades de acidente. Para um melhor planejamento é necessário considerar dados como o fluxo de veículos e as características dos acidentes, como vítimas, horário, entre outros, que também podem ser agregados por meio do Sistema de Informação Geográfica.

Ela conclui que o sistema permite uma análise das informações de forma mais eficaz do que em uma planilha, além de permitir a filtragem de dados por localidade, tipo de acidente, entre outros.

A pesquisadora afirma ainda que o sistema permite agregar em apenas um banco de dados registros de diferentes órgãos públicos, como Samu, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, evitando assim a duplicação de registros, por exemplo. Com isso ela acredita ser possível realizar interpretações mais precisas, assim como avaliar a eficácia das medidas de prevenção a acidentes.

Planejamento

Gabriela afirma que o principal benefício do SIG aplicado ao planejamento urbano é a melhor utilização de recursos e políticas públicas, pois a instalação de sinalização, redutores de velocidade ou mudanças nas vias, podem ser feitas a partir de informações bastante precisas.

Recentemente a UTFPR inciou um projeto de extensão em conjunto com o Departamento de Trânsito (Depatran), para a realização de estudos de mobilidade urbana. Participam da iniciativa estudantes da universidade e os professores Ney Tabalipa, Danilo Bisconsini e Jairo Trombeta.

Mapa mostra concentração de acidentes por via, entre 2014 e 2019
(Reprodução/ Gabriela Legramanti)

Legenda Foto 2:

Concentração de acidentes por bairro, entre 2014 e 2019
(Reprodução/ Gabriela Legramanti)
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