CPI da Covid: Fausto Jr. diz que Aziz também tem responsabilidade por crise no AM

O deputado estadual Fausto Vieira dos Santos Junior (MDB-AM) apontou responsabilidade do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), na crise da saúde no Estado, mas afirmou que decidiu não pedir o indiciamento do gestor quando foi relator da CPI da Saúde no Amazonas, no ano passado. Ele presta depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, nesta terça-feira, dia 29.

-- 2 Notícia --

Durante o depoimento, o deputado disse que considerou propor o indiciamento de Wilson Lima e até do presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), ex-governador do Estado, mas que essa decisão não foi tomada pelo conjunto de deputados que faziam parte da comissão na Assembleia Legislativa. “Não somente o governador Wilson Lima, todos têm participação”, declarou, citando Aziz. O senador, por sua vez, declarou que o deputado foi convocado como testemunha, e não para “me acusar”. Além disso, o presidente da CPI da Covid argumentou que teve os processos aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

-- 3 Notícia --

Fausto Junior foi convocado no Senado por ter sido relator da CPI da Saúde, que investigou a atuação do governo estadual no Amazonas no ano passado. Ele afirmou que houve uma “promíscua mistura de corrupção e incompetência” na crise do sistema de saúde no Amazonas. A CPI da Assembleia Legislativa encerrou os trabalhos em setembro de 2020. Por isso, o deputado evitou se aprofundar sobre o colapso no sistema por falta de oxigênio, que ocorreu em janeiro deste ano.

O deputado foi questionado pelos senadores sobre não ter proposto o indiciamento do governador do Amazonas. De acordo com Fausto Junior, as informações que ligavam Wilson Lima estavam nas mãos da Polícia Federal, e não da CPI da Assembleia. Ele também evitou falar sobre ações e omissões do governo do presidente Jair Bolsonaro, afirmando que os deputados estaduais não podem investigar o Executivo federal.

De acordo com o parlamentar estadual, a CPI investigou a aplicação de recursos que somaram R$ 1,7 bilhão, dos quais havia indícios de corrupção em 407 milhões com o pagamento de processos indenizatórios. “Acredito que havia, sim, recursos. A questão é como esse recurso foi empregado”, disse. “Nosso relatório serviu como base para três operações da Polícia Federal. Casos que conectaram o governador do Estado foram encontrados pela PF, e não pela CPI.”

-- 5 Notícia --
você pode gostar também

Comentários estão fechados.