Dez estudantes do Paraná foram recebidos nesta sexta-feira (11), em Matosinhos, Portugal, para participar do programa Sustainable Innovators (SLI). A iniciativa, realizada pelo Engineering and Product Development Centre (CEiiA), conta com financiamento e seleção feitos pela Fundação Araucária.
O SLI busca capacitar as novas gerações como agentes de transformação, tendo como ponto de partida desafios societais complexos. As atividades começam na segunda-feira (14) e seguem até 8 de agosto.
O evento de recepção reuniu familiares, professores, membros da comunidade SLI e colaboradores do CEiiA. Foram concedidas bolsas de estudo para cinco alunos do ensino médio, prioritariamente do terceiro ano (16 a 17 anos), e para universitários do primeiro ou segundo ano, participantes de projetos de iniciação científica.
“A Fundação Araucária tem um papel essencial em oportunizar para esses jovens essa participação. E para o Paraná também é muito importante porque nós estamos formando jovens lideranças que vão certamente se desenvolver muito aqui”, destacou Débora Sant’Ana, articuladora do NAPI Paraná Faz Ciência (PrFC) e coordenadora da Rede de Clubes, que representou a Fundação Araucária no evento.
Ela enfatizou que os participantes levarão para suas escolas e universidades aprendizados em trabalho em equipe, liderança, organização de pensamento e tecnologia.
Sobre o programa Sustainable Innovators
O SLI é um programa avançado voltado para estudantes do ensino médio e graduação em diversas áreas, como engenharias, medicina, ciências da saúde, biologia, design e arquitetura. Ele se propõe a resolver problemas complexos com soluções inovadoras e aplicáveis.
Nesta sexta edição, a terceira dedicada ao tema Espaço, os participantes vão estudar como a exploração lunar pode facilitar a construção de um futuro mais sustentável na Terra. A premissa é que tecnologias desenvolvidas para enfrentar os desafios de viver na Lua — construção, mobilidade, energia e saúde/qualidade de vida — tenham aplicação direta em comunidades terrestres, especialmente em zonas remotas, contextos de crise climática ou reconstrução pós-catástrofe.
“A Lua pode funcionar como um laboratório avançado, onde testamos tecnologias e modelos de vida adaptados a ambientes extremos e com recursos limitados”, explica Emir Sirage, coordenador Científico do SLI. “Tudo o que validarmos neste contexto pode ser transferido para enfrentar desafios reais no nosso planeta.”
Missão Terraluna e desafio para os estudantes
As equipes formadas nesta edição vão trabalhar na Missão Terraluna, desenvolvendo novos conceitos de produtos com aplicabilidade tanto na Lua como na Terra. O desafio é criar uma infraestrutura lunar capaz de suportar missões de curta duração e gerar soluções úteis para comunidades mais sustentáveis na Terra.
“Nesta edição vamos contar com 29 Innovators, alunos do ensino médio e universitário, selecionados em um processo com cerca de 300 candidaturas e 68 entrevistas. Aos 19 participantes portugueses, juntam-se 10 alunos do Brasil, graças à parceria com a Fundação Araucária”, destacou Sónia Nunes, coordenadora pedagógica do SLI.
“Estamos recebendo estes jovens muito promissores do Paraná de braços abertos e vamos criar todas as condições para que esta experiência seja transformadora para todos os envolvidos.”
Expectativa dos estudantes
Os alunos do ensino médio selecionados para participar do desafio em Portugal, estão matriculados no 2º e 3º anos e integram a Rede de Clubes Paraná Faz Ciência.
“Estou muito animada para adquirir o máximo de conhecimento e, também, ampliar minha bagagem cultural”, contou Rafaela Zerbielli, aluna do Colégio Estadual Padre Chagas, de Guarapuava.
João Pedro Rosa de Angelo Sanchez, estudante de graduação da Unicentro, destacou a importância pessoal do programa: “Além de todo conhecimento que será disponibilizado, poderemos conhecer novas pessoas e um mundo completamente diferente do que vivemos”.
Para mais informações sobre as iniciativas da Fundação Araucária e o programa Paraná Faz Ciência, acesse o site oficial da Fundação.
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