Dados do Ministério da Saúde mostram que, atualmente, 14 em cada grupo de mil brasileiros são doadores de sangue no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso significa que 1,4% da população doa sangue regularmente, o que coloca o país dentro dos parâmetros definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda que o índice se mantenha entre 1% e 3%. Em 2022, 3,1 milhão de coletas de sangue foram contabilizadas no Brasil, segundo divulgação da Agência Brasil.
Já o governo do Paraná revelou que nos últimos cinco anos, mais de 1 milhão de paranaenses compareceram no Centro de Hematologia do Paraná (Hemepar) como candidatos à doação, um gesto que pode salvar até quatro vidas.
O Estado ainda divulgou que de janeiro até agora, o Hemepar recebeu 96.213 candidatos à doação de sangue, fechando uma estimativa de 16.035 doadores por mês.
No caso da unidade de Pato Branco, que atende todos os municípios da área de abrangência da 7ª Regional de Saúde (RS), nos cinco primeiros meses de 2023 foram atendidas 2.828 pessoas que estavam dispostas a realizar a doação de sangue. Deste total, 2.249 bolsas foram coletadas, o mesmo que dizer que 79,5% dos candidatos conseguiram efetuar a doação.
Silvia Pacin Acosta, coordenadora do Hemonúcleo de Pato Branco destaca que como a doação é voluntária, trata-se de “um gesto altruísta de pessoas que querem ajudar o próximo, que querem nos ajudar a salvar vidas.”
Ela também enfatiza que a necessidade de doações, como a de destinação do material coletado é diária, com isso “nossos estoques variam diariamente e este é om motivo que precisamos que todos os dias tenhamos doadores dispostos a comparecer ao Hemonúcleo e fazer a sua doação de sangue”.
Quem pode doar?
Para doar é necessário ter entre 16 e 69 anos completos. Menores de idade podem doar com autorização e presença do responsável legal. O doador deve pesar no mínimo 51 quilos, estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação) e apresentar documento oficial com foto (carteira de identidade, carteira do conselho profissional, carteira de trabalho, passaporte ou carteira nacional de habilitação).
Dia Mundial do Doador de Sangue
A necessidade de sangue seguro é universal. O sangue é essencial para tratamentos e intervenções urgentes e pode ajudar pacientes que sofrem de condições com risco de vida, além de apoiar procedimentos médicos e cirúrgicos complexos. O sangue também é vital para o tratamento de feridos durante emergências de todos os tipos (desastres naturais, acidentes, conflitos armados etc.) e tem um papel essencial nos cuidados maternos e neonatais.
Mas o acesso a sangue seguro ainda é um privilégio de poucos. A maioria dos países de baixa e média renda luta para disponibilizar sangue seguro porque as doações são baixas e o equipamento para testar o sangue é escasso. Globalmente, 42% do sangue é coletado em países de alta renda, que abrigam apenas 16% da população mundial.
Um suprimento adequado de sangue só pode ser garantido através de doações regulares e voluntárias. Por isso, a Assembleia Mundial da Saúde, em 2005, designou um dia especial para agradecer aos doadores e incentivar mais pessoas a doar sangue livremente. A data de 14 de junho foi instituída em homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e as várias diferenças entre os tipos sanguíneos.
Além de agradecer aos doadores, é um dia de conscientizar sobre a necessidade global de sangue seguro e de como todos podem contribuir. Por meio da campanha, mais e mais pessoas em todo o mundo são convidadas a se tornarem salvadores, oferecendo-se voluntariamente para doar sangue de modo regular.
- Com informações Agência Brasil/ Minsitério da Saúde e AEN
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