Neste caso também, a forte taxa de incremento contou com a base fraca de comparação anotada em abril de 2020, decorrente da pandemia da covid-19. Dessa forma, as exportações de produtos elétricos e eletrônicos somaram US$ 1,6 bilhão no acumulado de janeiro a abril de 2021, 11% acima das ocorridas no mesmo período do ano passado, que somaram US$ 1,5 bilhão.
No caso das importações de produtos do setor, o valor equivalente aos produtos desembarcados no Brasil somou US$ 3,1 bilhões, com elevação de 38% em relação a abril de 2020.
No acumulado dos primeiros quatro meses de 2021 o incremento das compras externas foi de 19%, somando US$ 12,7 bilhões.
Ainda nessa sondagem, a utilização da capacidade instalada ficou praticamente estável, com redução de um ponto porcentual, passando de 78% em março, para 77% em abril.
Crédito
No que se refere ao crédito, entre as empresas que utilizam financiamentos para capital de giro, foi observado o quarto aumento consecutivo no número de entrevistadas que relataram dificuldades na sua obtenção, passando de 5% em dezembro de 2020 para 32% em abril de 2021.
Apesar do incremento, esse porcentual permaneceu muito abaixo dos 67% verificados em abril do ano passado. A dificuldade no acesso ao crédito foi um dos principais entraves encontrados pelas empresas no início da pandemia. Ainda referente aos financiamentos para capital de giro, a maior parte das empresas, ou seja, 74% das entrevistadas não utilizam esses recursos.
Neste levantamento, recuou pela segunda vez seguida o número de entrevistadas que relataram pressões em alguns custos, tais como de energia, água, impostos, entre outros, que estava em 53% em fevereiro e passou para 40% em abril. Essas quedas interromperam o ciclo de oito elevações consecutivas. Apesar do recuo, este resultado permaneceu muito acima dos 14% registrados em junho de 2020.
Essa sondagem também identificou que algumas empresas estão enfrentando gargalos logísticos, tais como os atrasos no envio de cargas nas exportações, citado por 26% das entrevistadas que exportam. No caso das importações, 43% das pesquisadas que realizam compras externas relataram atrasos no recebimento de cargas.
Conforme as empresas do setor, esses entraves foram verificados em diversos portos e aeroportos no Brasil, tais como: portos de Santos (SP), Vitória (ES), Rio Grande (RS) e aeroportos como Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas – SP), Florianópolis (SC), Afonso Pena (PR), Salgado Filho (RS).
Essas dificuldades também foram relatadas nos portos e aeroportos em diversas regiões do mundo como na Europa, Estados Unidos, Hong Kong e China. Ainda nesse levantamento, 31% das empresas perceberam aumento nos custos de armazenamento de cargas em galpão.
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