97% dos paranaenses desaprovam o aumento do ICMS

Pesquisa contratada pela Faciap e por outras entidades também revela rejeição a políticos favoráveis ao aumento

O aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) proposto pelo Governo do Paraná, em trâmite na Assembleia Legislativa (Alep), pode ser um tiro no pé do próprio Governo e dos deputados estaduais favoráveis à majoração.

Uma pesquisa contratada pelas entidades Associação Comercial do Paraná (ACP), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) mostra que 97% dos entrevistados não concordam com o aumento do imposto. Para 99% dos paranaenses, este aumento impactará diretamente em suas vidas, aumentando os preços de energia elétrica, água mineral, medicamentos, combustíveis, transporte e serviços, entre outros.

Os pesquisadores do grupo Datacenso ouviram mil paranaenses. As entrevistas foram realizadas entre os dias 6 e 8 de dezembro, nas regiões de Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. O estudo mostra, também, que 71% dos entrevistados atribuem ao Governo do Estado a responsabilidade pelo aumento do ICMS e 29% atribuem ao Governo Federal.

Rejeição política

Também ficou evidente, na pesquisa, que a maior parte da população (96%) rejeita políticos que são favoráveis ao aumento do ICMS, indicando que os entrevistados não votariam nesses candidatos.

O objetivo das entidades ao contratar esta pesquisa é também aproximar a opinião pública dos movimentos da Assembleia Legislativa do Paraná e das decisões do Governo do Estado que afetam diretamente a população.

Um ponto de extrema importância é destacar o alerta à população sobre o ano eleitoral. Vários deputados concorrerão a cargos e é essencial que a população esteja informada e atenta para não permitir a reeleição daqueles que, em momentos críticos, não agiram em favor dos interesses públicos.

O presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Sudoeste do Paraná (Cacispar), Edilberto Minski, observa que o Governo do Estado repete esse comportamento desde o final do ano passado, com anúncio de novo aumento de tributos.

“Neste momento, não há cabimento em novo aumento do ICMS. Recentemente, houve aumento de 1,5% na alíquota. Há, ainda, a Substituição Tributária aqui no Estado, o que inviabiliza muitos negócios. Nós temos entre 17% e 19% de ST, comparado com Santa Catarina, do qual nossa região faz divisa. Temos perdido competitividade e muitas empresas têm migrado para Santa Catarina”, detalha.

Para Minski, em vez de aumentar impostos, é preciso reduzir as contas do Governo do Estado. “Muito se fala na simplificação de impostos, na reforma tributária, mas nada de concreto. Tudo o que os empreendedores e os cidadãos paranaenses não precisam, neste momento, é de aumento de tributos.”

Para ver a pesquisa na íntegra, clique em

https://mvl-aces.nyc3.digitaloceanspaces.com/upload/bancoarquivos/datacenso-icms-faciap-e%20mais%204%20entidades.pdf.

Cacispar

A Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Sudoeste do Paraná (Cacispar) tem como missão fortalecer as associações empresariais do sudoeste do Paraná, promovendo o associativismo e fomentando o desenvolvimento econômico, social e cultural.

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