O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) oficializou nesta sexta-feira (26), em Curitiba, a filiação da jornalista e ex-candidata à Prefeitura da capital, Cristina Graeml, ao União Brasil. O ato ocorreu durante cerimônia no Hotel Pestana e reuniu lideranças do partido.
Pré-candidato ao governo do Paraná em 2026 e líder nas pesquisas de intenção de voto, Moro destacou que o objetivo é “unificar a direita e a centro-direita para as eleições do próximo ano”. Ele reforçou que não faz oposição ao governador Ratinho Junior (PSD), afirmando que o adversário comum é “o PT e os aliados do PT”.
Discurso de Sergio Moro
Durante a assinatura da ficha de filiação, Moro disse que a presença de Graeml fortalece a legenda para as eleições.
“Ainda que eventualmente percamos a luta em Brasília, que acredito nós vamos ganhar, mas vamos supor que o pior possa acontecer, nós vamos ter aqui a nossa bandeira. Nós vamos mostrar que o Paraná pode ser diferente, que pode resistir a essa desgovernança, a esse descontrole, a esse crescimento da corrupção e do crime organizado”, afirmou.
O senador também rebateu questionamentos sobre denúncias envolvendo o presidente nacional do União Brasil.
“Primeiro, isso aqui é um movimento de renovação política no Paraná. Nós estamos diante de uma jornalista que se destacou enfrentando a corrupção nos grandes escândalos que tiveram no nosso estado. (…) Em relação a essa questão da União Brasil, vamos aguardar as investigações. Essas denúncias surgem exatamente no momento em que a União Brasil abandona a base do governo. Qual é a coincidência?”, declarou.
Moro ainda mencionou a conversa que teve nesta semana com o governador Ratinho Junior, reforçando que não há definição de apoio oficial.
“Não sou adversário do governador. Nosso adversário é o sistema que orbita em torno do PT”, disse.
Cristina Graeml: pré-candidatura ao Senado
Cristina Graeml deixou o Podemos para disputar uma das duas vagas ao Senado em 2026 pelo União Brasil. Em seu discurso, agradeceu a confiança do partido e reforçou a importância de consolidar uma bancada forte em Brasília.
“E se acontecer algo que a gente não queira em nível de executivo nacional, pelo menos dentro de um Senado forte a gente pode fazer frente aos descaminhos que a gente vem enfrentando no Brasil. (…) A intenção da pré-candidatura para o Senado não é só ser uma voz forte num corpo de senadores mais atuante, mais corajoso, mas também levando o Paraná para ter mais projeção no Brasil”, afirmou.
Cristina pediu que a coletiva fosse focada em sua filiação e pré-candidatura.
“A gente só queria, por questão de tempo e tudo mais, que focassem na questão da filiação, da pré-candidatura ao Senado, da pré-candidatura ao governo, da nossa união, da nossa força, da nossa coragem para enfrentar o que precisa ser enfrentado no Paraná e no Brasil”, disse.
Cenário político
A federação União Progressista, que une União Brasil e Progressistas, também deve disputar espaço no Paraná. O Progressistas já lançou a pré-candidatura da ex-governadora Cida Borghetti ao governo do Estado. Moro e Cristina, no entanto, pouco citaram o tema durante o evento.





