O dólar comercial encerrou a sexta-feira (17) com queda de 0,68%, cotado a R$ 5,4065, acumulando recuo de 1,77% na semana e 12,50% no ano. O ajuste foi influenciado por sinais mistos da moeda americana frente a outras divisas emergentes e agenda doméstica esvaziada de indicadores relevantes.
No mercado futuro, às 17h05, o dólar para novembro cedia 0,88%, negociado a R$ 5,4240 na B3.
O que influenciou a cotação do dólar hoje?
A moeda abriu em alta, refletindo aversão ao risco externo, mas mudou para queda após fala do presidente dos EUA, Donald Trump, amenizando preocupações sobre tarifas contra a China e destacando a proximidade das negociações entre autoridades dos dois países.
O diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, negou a existência de uma guerra comercial e reforçou o diálogo entre Trump, Xi Jinping e o Secretário do Tesouro, Scott Bessent para acordo mútuo.
No cenário externo, pesaram preocupações com fraudes e perdas em bancos regionais americanos, trazendo volatilidade e cautela nas bolsas de Nova York.
Política interna e tensão fiscal também pesam
No Brasil, investidores monitoram as incertezas sobre a meta fiscal de 2026 e repercutem declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre reeleição e críticas à predominância do mercado financeiro frente aos trabalhadores.
Disputas políticas, expectativas sobre shutdown nos EUA (agora com 17 dias) e discursos de dirigentes dos bancos centrais também compõem o cenário de cautela.
