O governador Ratinho Junior (PSD) colocou o Governo do Paraná e as forças estaduais de segurança à disposição do Rio de Janeiro para auxiliar em caso de necessidade com o envio de tropas da Polícia Militar. A informação foi confirmada pela assessoria do governador nesta quarta-feira (29).
A capital fluminense viveu, na terça-feira (29), um dia marcado por extrema violência. Uma grande operação policial contra lideranças do Comando Vermelho resultou em 128 mortos, incluindo seis policiais.
Reunião entre governadores para discutir apoio ao Rio
De acordo com publicação do portal Veja, Ratinho Junior participará de uma reunião com governadores de direita para discutir formas de apoio ao estado do Rio. O encontro reunirá Tarcísio de Freitas (Republicanos, SP), Jorginho Mello (PL, SC), Eduardo Leite (PSD, RS), Mauro Mendes (União, MT) e Ronaldo Caiado (União, GO), juntamente com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
Durante a manhã desta quarta-feira (29), o secretário da Segurança do Paraná, coronel Hudson Teixeira, informou que manteve contato com as autoridades fluminenses por ordem do governador.
“Fiz contato com o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, colocando o Paraná à disposição”, declarou Teixeira em entrevista.
Secretário alerta sobre o avanço do crime organizado
Segundo Hudson Teixeira, o Rio de Janeiro enfrenta “uma situação de tomada de território”, onde o Estado perdeu espaço para o crime organizado. Ele citou que apenas uma comunidade fluminense gera cerca de R$ 4 milhões por mês às milícias, com a cobrança de R$ 100 por morador, sem necessidade de tráfico de drogas.
“É onde o Estado não esteve, onde o Estado não está. Agora, tentam retomar essas comunidades para que o Estado realmente permaneça”, destacou o secretário.
Estratégias do Paraná contra o crime
O secretário afirmou que o Paraná observa atentamente a situação no Rio para aplicar aprendizados.
“Esses exemplos, positivos ou negativos, servem para avaliarmos. Aqui, priorizamos o combate ao crime organizado, revistas em presídios, separação de presos por perfis e prisões de integrantes de facções”, afirmou.
Hudson reforçou a importância de ações preventivas:
“Onde o Estado e a educação não chegam, o crime entra. Depois, como ocorre naquele estado, é difícil retomar.”
Paraná à disposição com efetivo e material
Teixeira informou ainda que o apoio do Paraná vai além do envio de tropas.
“Ontem, o governador pediu que fizéssemos contato com o Rio. Colocamos à disposição material e efetivo das operações especiais. Por ora, o secretário de segurança fluminense disse que não há necessidade, mas permanecemos prontos a ajudar”, completou.





