Espaços seguros: Quando estar juntas é um ato de cura e força 

Há lugares que curam sem precisar de remédios. São espaços onde o riso é sincero, o olhar é acolhedor e o julgamento não tem vez. Onde podemos chegar cansadas, silenciosas, e ainda assim sermos compreendidas. São os espaços seguros — aqueles que nos lembram de quem somos, mesmo quando a vida tenta nos fazer esquecer. 

A escritora e ativista Bell Hooks dizia que “a sororidade é um ato político — um modo de criar resistência contra as estruturas que nos oprimem”. E é exatamente isso que acontece quando as mulheres se reúnem em torno de algo que lhes devolve alegria, movimento e pertencimento. 

As mulheres carregam muitas histórias: de cuidado, de renúncia, de resistência. Entre a correria do trabalho, da casa e das expectativas que o mundo impõe, é fácil se perder de si mesma. Por isso, ter um espaço onde possamos respirar, ser ouvidas e valorizadas é mais do que importante — é vital. 

No Rich’s Volleyball Mulheres 40+, o que se constrói vai muito além do esporte. A quadra se transforma em um território de pertencimento. Cada treino, cada conversa e cada gargalhada entre uma jogada e outra se tornam parte de um processo de cura. Ali, ninguém precisa ser perfeita — basta ser verdadeira. E essa é a maior vitória. 

A filósofa Simone de Beauvoir já afirmava que “não se nasce mulher: torna-se mulher”, lembrando-nos de que esse tornar-se é um processo contínuo, construído em meio às experiências, trocas e aprendizados. Estar entre mulheres que se apoiam é um dos caminhos mais potentes para esse reencontro com a própria força. 

Espaços seguros são aqueles em que o corpo pode se mover sem medo, o coração pode se abrir sem vergonha e a mente pode descansar. Eles fortalecem a autoestima, criam laços sinceros e nos lembram que não estamos sozinhas. Quando uma mulher se sente segura, ela floresce. E quando várias florescem juntas, o jardim se transforma em movimento.