A Itaipu Binacional apresentou nesta terça-feira (11), durante a COP30, em Belém (PA), seu modelo de desenvolvimento territorial sustentável como referência para a construção de cidades mais preparadas diante dos impactos da crise climática. O painel “Transformando desafios em soluções: cidades resilientes e inclusivas frente à crise climática” destacou as experiências da Binacional em gestão ambiental, inclusão social e economia circular.
O diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, enfatizou que a atuação da empresa se sustenta em três pilares: o cuidado com o meio ambiente, a economia e as pessoas. Ao detalhar o programa Itaipu Mais que Energia, que organiza as ações socioambientais da usina, Carboni destacou a importância da ciência e da educação ambiental no combate ao negacionismo climático.
Inclusão social e políticas públicas participativas
Segundo Carboni, a resiliência urbana depende da inclusão das populações mais vulneráveis, da recuperação dos ecossistemas e da criação de políticas públicas participativas. Entre os programas da Binacional, ele citou o Coleta Mais, voltado à gestão de resíduos e à valorização dos catadores. A iniciativa já beneficia 200 municípios do Paraná e do Mato Grosso do Sul e, mais recentemente, chegou a Belém.
Com foco em sustentabilidade e dignidade social, o Coleta Mais organiza a coleta seletiva, fortalece cooperativas e transforma desafios urbanos em oportunidades de desenvolvimento local. Itaipu também desenvolve soluções inovadoras, como embarcações movidas a hidrogênio verde para coleta de recicláveis em comunidades ribeirinhas e ilhas da região de Belém — medidas que reforçam o compromisso com a transição energética justa.
Cooperativas de Belém ganham estrutura e visibilidade
Durante o evento, um dos destaques foi o relato de Débora Bahia, presidente da cooperativa Concaves, uma das quatro beneficiadas pela implementação do Coleta Mais na capital paraense. Ela emocionou o público ao relatar a transformação na vida dos catadores e o orgulho de pertencer à categoria.
Débora explicou que, com o apoio de Itaipu, as cooperativas recebem infraestrutura, equipamentos, capacitação técnica e assessoria de gestão. Ferramentas como o Reciclômetro garantem transparência nos resultados e ampliam oportunidades, além de permitir que as cooperativas firmem contratos de prestação de serviços — inclusive com empresas durante a COP30.
“Hoje podemos dizer que Belém tem referência em gestão de resíduos e valorização dos catadores”, afirmou Débora, destacando que as novas estruturas permitirão que visitantes conheçam de perto o funcionamento de uma cooperativa modelo no Norte do país.
Compromisso binacional com a sustentabilidade
Também participaram do evento Larissa Felip, do Centro Ambiental Tekotopa (Paraguai), Ana Marcela Bergamasco, bióloga da Petrobras, e o professor e doutor em Direito Enzo Bello, da Universidade Federal Fluminense.
A presença da Itaipu na COP30 reforça seu papel como agente ativo na agenda climática global. O programa Itaipu Mais que Energia reúne ações de infraestrutura verde, saneamento, inovação tecnológica e educação ambiental, contribuindo para o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, inclusão produtiva e preservação ambiental.
Com mais de 40 anos de operação e 3,1 bilhões de MWh gerados para Brasil e Paraguai, Itaipu consolida um modelo de gestão que alia energia limpa, acessível e desenvolvimento territorial sustentável.





