Novos vídeos mostram início da briga entre Renato Freitas

A polêmica envolvendo o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) ganhou novos capítulos nesta sexta-feira (21), após o advogado Jeffrey Chiquini divulgar imagens inéditas do confronto com o manobrista Weslley de Souza Silva no centro de Curitiba, ocorrido na manhã de quarta-feira (19).

Os registros em vídeo mostram o deputado e um assessor atravessando a rua para iniciar o confronto físico com Weslley, enquanto este trabalhava em um estacionamento.

De acordo com o advogado, o manobrista foi agredido, sofreu ferimentos graves e precisou de três pontos na face. Chiquini confirmou que pediu a cassação do mandato de Freitas por quebra de decoro parlamentar e que medidas penais cabíveis serão buscadas.

O caso pode ainda envolver improbidade administrativa, caso seja comprovado o uso de assessor e veículo oficial no episódio.

Nas imagens divulgadas, é possível ver o parlamentar abordando o motorista, seguidas por troca de golpes entre ambos e o assessor. O advogado afirma que a confusão teria se iniciado enquanto Weslley prestava serviço e que o deputado teria dado início às agressões.

Em resposta, Renato Freitas convocou a imprensa e sustentou que foi chamado de “lixo” pelo manobrista antes do confronto, alegando que seu assessor foi quem partiu inicialmente para cima de Weslley.

O parlamentar afirmou ser vítima de racismo, alegando que foi chamado de “vereador do PSOL” e atacado devido ao episódio.

O caso viralizou após divulgação de vídeos do confronto na Alameda Dr. Carlos de Carvalho. Weslley, o manobrista, relatou que o desentendimento começou após o deputado atravessar fora da faixa de pedestres.

A discussão evoluiu para vias de fato, resultando em ferimentos para ambos, inclusive fratura no nariz do parlamentar.

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Polêmica

A carreira política de Renato Freitas é marcada por episódios de confronto. Como vereador, foi condenado a prisão em regime aberto e teve mandato cassado após um protesto em igreja — decisão posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal.

Na próxima semana, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa deve analisar pelo menos cinco pedidos de cassação contra Freitas, encaminhados por deputados, vereadores e o Movimento Brasil Livre (MBL). A tramitação do pedido do advogado Chiquini ainda não está definida.