Paraná tem queda expressiva no número de homicídios

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná apresentou nesta quinta-feira (27) os resultados da reunião de análise criminal realizada pelas primeiras horas da manhã, com dirigentes da Polícia Militar (PMPR) e da Polícia Civil (PCPR).

O encontro avaliou qualitativamente os indicadores de homicídios e roubos em diferentes regiões do Estado, observando motivações, horários, locais e dinâmicas para orientar ações preventivas mais assertivas.

Queda expressiva nos indicadores criminais

Os dados atualizados mostram que o Paraná mantém trajetória consistente de redução da violência. Entre janeiro e outubro de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, o Estado registrou:

  • 16,5% de queda nos roubos — de 11.377 para 9.508 ocorrências;
  • 26% de redução nos homicídios, totalizando 974 casos, menor número da série histórica para o período.

Em 2024, o Paraná já havia alcançado os menores índices criminais desde o início do monitoramento.

Rixas e conflitos pessoais lideram as motivações

O secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, destacou que a maior parte dos homicídios analisados não tem relação direta com o tráfico de drogas.
Segundo ele, grande parte das ocorrências está associada a brigas em bares, conflitos motivados por desentendimentos, uso de bebida alcoólica e emprego de arma branca.

No ciclo atual, foram analisados 11 municípios que registraram aumento pontual de homicídios nos últimos anos. Dos 104 casos avaliados individualmente, 51 tiveram motivação ligada a rixas ou conflitos interpessoais, reforçando o padrão detectado em análises anteriores.

Mapeamento detalhado dos roubos

A mesma metodologia foi aplicada aos 18 municípios com maior incidência de roubos.
O levantamento mostrou predominância de roubos de celulares. Para cada local, foram identificados:

  • dias da semana com maior incidência,
  • horários mais críticos,
  • formas de abordagem mais frequentes.

Com isso, as forças de segurança poderão direcionar operações específicas de acordo com o comportamento real dos crimes em cada território.

Ações diferenciadas para cada tipo de crime

O secretário Hudson explicou que os crimes exigem tratamentos distintos. Segundo ele, tráfico de drogas demanda ações de inteligência, investigações aprofundadas e cumprimento de mandados de busca e prisão.

Já os crimes motivados por brigas, impulsos e conflitos pessoais podem ser reduzidos com policiamento ostensivo, abordagens preventivas e fiscalizações urbanas.

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Articulação com delegados, comandantes e municípios

A reunião periódica permite que delegados e comandantes regionais apresentem necessidades específicas, incluindo:

  • pedidos de medidas judiciais (buscas, prisões cautelares),
  • demandas de apoio das prefeituras para fiscalizações administrativas,
  • realinhamento de estratégias operacionais.

Com base nessas informações, a SESP define como apoiar cada município e reforçar o trabalho das equipes no Interior, garantindo respostas rápidas e compatíveis com a realidade de cada região.