Scheidt está treinando ao lado de alguns dos principais atletas europeus. Na segunda-feira iniciaram a disputa de uma competição extraoficial. A chamada “coach regata” segue até esta sexta. “Esse tipo de campeonato é sempre uma boa oportunidade para avaliar e entender em que nível está a sua velejada em relação aos prováveis rivais em Tóquio”, afirmou o brasileiro.
Após o período de treinos em Vilamoura, no dia 2 de junho Scheidt retorna para a Itália, onde vive com a mulher, a também velejadora Gintare, e os dois filhos do casal, Erik e Lukas, na cidade de Torbole, próximo ao lago Di Garda. “Devemos programar mais sessões de velejadas para o final de junho. Só não definimos local. Pode ser na Itália ou mesmo um retorno para Portugal”, explicou o bicampeão olímpico, que tem embarque para o Japão previsto para o dia 12 de julho.
Portugal traz boas e recentes memórias para Scheidt. Há um mês, no dia 24 de abril, ele conquistava o vice-campeonato do ILCA Vilamoura European Continental Qualification. Foi o último campeonato oficial antes dos Jogos de Tóquio-2020. Para ele, melhor que o resultado – ficou um ponto do alemão Philipp Buhl, atual campeão mundial, que levou o título – foi confirmar que está velejando de forma consistente, com velocidade e força física para seguir confiante na fase final de preparação para a Olimpíada.
Em março, Scheidt conquistou o título da ILCA Coach Regatta Lanzarote, na Marina Rubicón, em Playa Blanca, no litoral do arquipélago das Ilhas Canárias, na Espanha. A vitória no campeonato promovido pelos treinadores veio após completar seis das oito regatas entre o Top 5. O título não foi seu primeiro pódio em 2021 nas Ilhas Canárias. Na primeira competição do ano olímpico, conquistou o vice no Lanzarote Winter Series, em fevereiro.
Com vaga garantida na classe Laser para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Scheidt está prestes a disputar o maior evento esportivo do planeta pela sétima vez, um recorde entre os atletas brasileiros. Ele retornou à Laser em 2019, após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio-2016, onde terminou na quarta colocação, mesmo vencendo a “medal race” (regata da medalha).
Nesse período de readaptação às novas técnicas e nova mastreação, cumpriu seu objetivo principal, que foi o índice para Tóquio-1010 com o 12.° lugar no Mundial da Classe Laser de 2019, em Sakaiminato, no Japão. Ele confirmou a vaga no Mundial da Austrália, em fevereiro de 2020, quando chegou à flotilha ouro e foi o melhor brasileiro na disputa.
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