Com a expectativa de a pandemia estar superada até o fim do próximo ano, espera-se que mais de 1 milhão de torcedores viajem ao Catar para assistir aos jogos do Mundial. Como atrativo para receber o público estrangeiro, o Catar aposta nas facilidades logísticas. O próximo Mundial será realizado em uma versão compacta. Todos os oito estádios ficam num raio de 50km do centro da capital Doha. A maior distância entre os estádios é de apenas 75 km, enquanto a menor será de apenas 5 km.
“Estamos há dez anos nos preparando e esse será o maior evento já ocorrido no Oriente Médio. Ele reunirá toda a região e será um momento de orgulho na história do mundo. Conforme nos aproximamos do torneio, tenho certeza que essa empolgação crescerá ainda mais”, disse o CEO do Comitê Organizador, Nassel Al Khater.
As obras de infraestrutura da Copa do Mundo já atingiram 95% de sua conclusão e todos os estádios deverão estar prontos até o final deste ano. “Cinco dos nossos estádios já foram concluídos e os outros três estarão prontos em breve. Seis dos estádios serão usados na Copa Árabe de 2021, que acontecerá em novembro e dezembro”, afirma Yasir Al Jamal, presidente do Departamento de Operações e vice-presidente do Departamento de Entrega Técnica.
A Copa Árabe reunirá 16 times da região e acontecerá exatamente um ano antes do Mundial de 2022, como evento-teste. A competição ocupa o vácuo deixado pela Copa das Confederações, que tradicionalmente era realizada um ano antes do Mundial para que o país-sede testasse as suas instalações e operações de logística.
A Copa de 2022 promete ainda ter o primeiro estádio totalmente desmontável da história dos Mundiais. O Ras Abu Aboud é feito de contêineres marítimos que serão reaproveitados após o torneio, quando serão transformados em instalações menores tanto no Catar como no exterior.
Nos últimos meses, no entanto, o Catar foi alvo de duras críticas de organizações de direitos humanos por causa do tratamento dado aos trabalhadores migrantes. Várias seleções europeias, como Alemanha, Holanda e Noruega, fizeram protestos antes de suas partidas das Eliminatórias.
A Federação Dinamarquesa de Futebol chegou a pedir à Fifa “uma investigação completa sobre o número de mortos entre trabalhadores migrantes no Catar”. O emirado, no entanto, afirma ter feito mais do que qualquer outro país da região para melhorar as condições de trabalho dos migrantes.
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