Dirceu Antonio Ruaro
Na semana passada, falamos sobre como nos sentimos quando percebemos que somos invisíveis para os outros.
Salientamos a responsabilidade dos pais e educadores em ensinar a considerar o outro como gostamos de ser considerados: pessoas que têm sentimentos, que são alguém.
Pois bem, nas escolas, nas famílias e nos ambientes de trabalho encontramos tantas pessoas que não se consideram pessoas de valores, ou melhor, que pensam que não pessoas de valores.
Fala-se muito que é preciso ter uma boa autoestima, ou que as pessoas precisam aprender a construir uma autoestima elevada, mas, muitas vezes não temos a noção clara do que isso, de fato, seja para nós e nossos filhos e educandos.
Ter autoestima significa que temos uma boa opinião sobre nós próprios e que nos sentimos bem conosco mesmos. A autoestima é importante porque nos permite ser quem somos, acreditar nos nossos valores e ideais e fazer as escolhas certas quando somos pressionados, pelos nossos amigos, por exemplo.
Por isso, dizem os especialistas no assunto que a autoestima é de extrema importância para garantir a qualidade de vida e bem-estar ao indivíduo. E, é com a visão que tem de si, que se pode, ou não, valorizar seus aspectos mais intrínsecos, fortalecer sua saúde mental, física e emocional, impactando na rotina e demais atividades.
Assim, é fundamental nas escolas e nas familias promover e desenvolver a autoestima com os filhos e/ou educandos.
Para aumentar a autoestima dos seus filhos e/ou alunos, é essencial reconhecer os seus feitos e valorizá-los quanto a isso.
Dar um feedback após a apresentação de um trabalho, por exemplo, é uma forma de estimular a autoestima dos alunos e fazê-los compreender que possuem capacidade para fazer o que desejam, basta que se empenham.
Reconhecer um feito, uma ação bem feita dos filhos, também é uma forma de incentivar e estimulá-los a realizar ações que valorizam o ser humano e a si mesmos enquanto pessoas que procuram fazer o bem.
Pais e educadores devem entender que é preciso ensinar crianças e adolescentes a investirem na sua autoestima porque isso é essencial para ter uma boa saúde mental e, por consequência, ter uma melhor relação consigo e com os outros, pois o autoconceito é a soma dos pensamentos que a pessoa tem a respeito dela mesmo.
Na adolescência é muito importante o desenvolvimento de uma autoestima sólida pois a forma como o adolescente se percebe afeta diretamente a sua autoestima e esta, por sua vez, influencia sua vida: decisões, relacionamentos e desempenho escolar. Nesse sentido, é importante destacar que uma autoestima baixa pode levar a comportamentos de risco, segundo especialistas da área.
É importante que, especialmente pais e educadores, fiquem atentos ao comportamento dos adolecentes, pois adolescentes que possuem uma autoestima baixa tendem a manifestar sentimentos de inferioridade, não se sentem respeitados; sentem muito medo de fracassar – podendo atuar, muitas vezes, de forma paralisante; podem apresentar falta de responsabilidade e disciplina frequentemente, entre tantas outras situações. Nesses casos, buscar ajuda especializada o mais cedo possivel é que ajudará a sair de situações complexas que poderão prejudicar imensamente a vida futura do adolescente.
É importante dizer aos pais e professores que a autoestima começa a ser formada desde cedo, ainda quando se é um bebê. A autoestima se inicia na infância, se fortalece na adolescência, acompanha o indivíduo por toda a vida, auxiliando no seu desenvolvimento, por isso a familia e a escola precisam ser parceiras e observar sempre os comportamentos e agir imediatamente para que não se tenha consequencias irreparáveis mais tarde.
Em termos escolares é preciso ficar atento porque a autoestima tem acentuada influência sobre o desenvolvimento intelectual, podendo tanto estimular e adiantar o processo de desenvolvimento da aprendizagem como diminuí-lo. Pode também determinar a motivação para o recebimento dos conteúdos e qual deles será o fator intelectual concentrado, o que leva muitas vezes a confundir com altas habilidades.
Enfim, trabalhar a confiança estimula, a longo prazo, um melhor comportamento individual e social nas crianças e adolescentes. Estudos apontam que a criança/adolescente que tem a autoestima boa tende a lidar melhor com as adversidades e frustrações que podem surgir, pois, elas já conseguem entender quais são os seus pontos fortes e pontos de melhoria, pense nisso enquanto lhe desejo boa semana.
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