Dirceu Antonio Ruaro
Prezados leitores, estamos no início de um ano novo. Renovo aqui, meu desejo de um bom ano para todos os meus leitores e, especialmente, aos pais e educadores.
Já se falou tanto que o século XXI seria o século da informação. Que, quem detivesse, a informação, deteria o poder.
Muitas outras “verdades” foram proclamadas pela mídia e por “especialistas” da área.
É bem verdade que a expectativa de um novo século produziu muitas “verdades” que foram aventadas aos quatro cantos do planeta. E, certamente, todos nós entendemos que de certa forma, isso foi normal, especialmente porque as mídias sociais e todo o aparato de comunicação planetária sofria e, sofre, consequências do desenvolvimento cientifico. E é claro, que isso influencia, sobremaneira, no processo comunicativo.
A instantaneidade da comunicação é indiscutível. Podemos assistir a fatos simultaneamente a suas ocorrências, isso é verdade. E, essa simultaneidade mudou completamente o mundo e o modo da informação.
Como nosso espaço, nesse veículo de comunicação, é destinado a refletir sobre questões educativas, quero trazer o fator da comunicação e informação para nossa área.
Nós, os pais, somos os principais educadores de nossos filhos. Essa afirmação é corrente entre os pais e os educadores. Penso que de fato, deveria ser assim.
Mas, grande parte dos pais e, de educadores, não conseguem, por diversos motivos, acompanhar todo o sistema de informação à disposição das crianças e adolescentes.
Como somos os principais educadores, precisamos também, ser os principais cuidadores.
E, aqui, está o grande desafio da informação. E é por isso que os pais precisam, mais do que ninguém, conhecer profundamente seus filhos, para poder saber quando os mesmos buscam informações nas novas tecnologias de informação.
São os pais que precisam acompanhar o que buscam saber, porque buscam saber, como buscam saber e que maturidade eles têm para isso.
Digo mais, não cabe ao Estado, à escola, ao vizinho, ao amigo, às mídias sociais e nem à própria criança decidir se é essa ou, aquela informação, que ela precisa saber e/ou explorar.
Repito, os principais cuidadores dos filhos são seus pais. E, para seu próprio bem, deveriam saber o que os filhos menores buscam saber, com quem e como buscam saber informações, que nem sempre os pais estão preparados para discutir e/ou fornecer a eles.
Sei que muitas pessoas podem me julgar “atrasado” fora do contexto, mas não me importa, o fato é que educar os filhos e mostrar-lhes as “armadilhas” contidas em histórias “bonitinhas” cabe aos pais. Também ser os primeiros e maiores cuidadores dos filhos é papel dos pais, pensem o que quiserem “os especialistas” que nunca passaram pelo papel e nunca exerceram a parentalidade responsável.
Cuidado, pai e mãe com as “profecias do fracasso” pois a mídia está repleta delas. Não aceite a ideia de que em educação de filhos “não há o que fazer” as crianças são assim mesmo. Não aceite “conselhos” que lhe tiram a autoridade parental, o papel e a função de pai e de mãe.
Cuide da informação que seus filhos buscam nas redes sociais. Vigie os programas que eles assistem, observem as ideias que trocam nos seus aplicativos de conversa com os “amigos”.
Digo isso porque a experiência de educar e trabalhar com educação por tanto tempo me ensinou que há uma “rede de conselhos” que visam tirar a autoridade parental a fim de que se possa ter adolescentes e jovens como “fácil massa de manobra”.
Prezados amigos leitores, estamos embarcando numa nova “onda” de novidades, de profecias do fracasso com respeito à educação dos filhos, por isso digo que é preciso ter cuidado e não embarcar nessas ideias que visam, nada mais, nada menos, do que a dominação de nossas crianças e adolescentes.
Vigiem, sim, vigiem o que os livros didáticos trazem como ideologia, fiquem atentos aos chamados “progressistas” de que a mídia está repleta.
Não abdiquem de educar, de aconselhar, de vigiar, de informar e não deleguem a ninguém o seu direito de educar seus filhos e filtrar, não apenas filtrar, mas de ajuda-los a entender e interpretar as informações que a grande mídia e as redes sociais submetem seus filhos, pense nisso enquanto lhe desejo boa semana.
Doutor em Educação pela UNICAMP
Psicopedagogo Clínico-Institucional
Pró-Reitor Acadêmico UNIMATER
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