“Estou sendo muito feliz nesta volta. Eu vim para tentar vencer de novo e já consegui alcançar esse objetivo no primeiro campeonato. Agora, precisamos dar continuidade para o trabalho. A história continua”, afirmou o zagueiro.
Contratado para ajudar a tirar o time de um incômodo jejum, ele conseguiu não só anular o ataque palmeirense nos dois jogos da final, como ainda ajudou a liderar a equipe em mais uma decisão na sua vitoriosa carreira.
Prestes a completar 37 anos, Miranda foi um dos pilares da equipe ao lado do polivalente Daniel Alves. Profundamente identificado com o clube, o jogador passou para os companheiros a importância da retomada de títulos. Foi a primeira vez que o defensor conquistou um título como capitão.
“Tenho um carinho grande pelo São Paulo. Antes do jogo, eu recebi mensagens dos torcedores pedindo essa conquista. A gente precisava dar essa alegria para a torcida. A nossa torcida merece. A história continua”, repetiu o capitão do São Paulo.
No seu retorno ao clube desde a transferência para o Atlético de Madrid, em 2011, o xerife são-paulino reencontrou um velho amigo que agora trabalha como coordenador de futebol: o ex-treinador Muricy Ramalho. Sob o seu comando, Miranda, antes desconhecido, se consolidou como grande zagueiro e esteve, inclusive, cotado para defender a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010.
“Acabei escolhendo o São Paulo porque o Muricy me ligou. E a garantia dele de que o time voltaria a brigar por títulos foi o que motivou o meu retorno”, explicou o defensor. Após a conquista, Muricy Ramalho foi visto chorando no banco de reservas.
No planejamento de formar um time vencedor, o recém-eleito presidente Julio Casares trouxe Miranda apostando também em sua bagagem internacional. E o entrosamento do zagueiro com as ideias do técnico Hernán Crespo aproximou ainda mais atleta e comandante. E nesse primeiro contato ele logo identificou semelhanças no estilo de trabalho do técnico são-paulino com um outro treinador argentino que o dirigiu no Atlético de Madrid: Diego Simeone, campeão espanhol nesta temporada.
“Eles têm a mesma agressividade de querer ganhar, uma mentalidade vencedora. A diferença é que o Crespo gosta de propor mais o jogo, jogar mais com a bola, enquanto o Simeone é mais defensivo. Mas os dois têm a metodologia do futebol argentino, que é de garra, de luta, de entrega. É isso que eles cobram da gente”, comentou.
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