Eraldo Lima
Um aumento de quase 200% em um ano! É com essa informação que quero começar esse artigo. Isso porque, esse dado confirma o que temos sentido na pele, todos os dias: o mercado de investimentos em startups está aquecido.
Mesmo com os desafios impostos por dois anos de pandemia, o volume de investimentos para iniciativas brasileiras em 2021 foi expressivo, aumentando também os valores aportados. Para se ter uma ideia, os rounds em 2020 eram, em média, de US$5,5 milhões, passando para US$ 13,7 milhões em 2021.
Estamos apenas começando o segundo quarter de 2022 e com ótimas expectativas para todo o setor. Temos visto, nos últimos meses, uma retomada da economia, impactando diretamente na geração de novos negócios. É justamente por isso que o tema desse artigo se torna tão relevante.
Aportar investimentos em diversos segmentos têm se consolidado como uma tendência promissora. Ao olharmos atentamente o ecossistema brasileiro de startups, composto por mais de 14 mil iniciativas (segundo a Associação Brasileira de Startups), é notória a expansão de negócios que abordem questões de cunhos socioambientais.
ESG, proteção ao meio ambiente, destinação correta de resíduos e uso consciente da água e energia solar, por exemplo, são temas quentes e que, além de estarem sempre na mídia, têm provocado reflexões importantes em toda a sociedade. Por isso, acredito que a diversificação de investimentos é rica quando olha para esses setores.
É claro que segmentos considerados essenciais, como é o caso das fintechs, agtechs ou legaltechs sempre estarão em alta. Mas é importante ampliar o olhar para além do óbvio e enxergar o que pode virar um grande negócio daqui há alguns anos.
Por isso, caro colega investidor, abra não só as rodadas de investimentos, mas também sua mente para o que as novas gerações de startups estão entregando em nosso ecossistema. Todos tendem a ganhar com isso!
Head de Marketing e Vendas na Group Ventures, holding de investimentos fundada em 2014