“Um dia eu aloprei com uma pessoa. Manda tua mãe comprar. Aloprei sim. Errei. Me desculpa, mas ficam me acusando de não ter comprado vacinas no passado, quando não tinha pra vender”, afirmou o presidente nesta tarde. “Vocês acham que sou explosivo, mas muitas vezes eu me contenho porque sei que quem paga a conta somos todos nós. O poder para um presidente afundar o País é muito grande. Agora, para ajudar o País, é mais difícil”, respondeu o presidente a jornalistas.
Após conversa com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, hoje à tarde, Bolsonaro disse também que não tem problemas com a Corte – com exceção do ministro Luís Roberto Barroso – e reforçou que não há atritos entre as instituições.
Sobre as declarações que fez sobre Barroso, Bolsonaro disse que “o que está feito, está feito”. “Eu não vim aqui para brigar com ninguém. Vai acabar a entrevista e depois dizem que eu sou grosso. Vamos rezar um Pai Nosso, vamos?”, emendou a jornalistas na saída do encontro.
O presidente também voltou a reforçar a defesa sobre o voto impresso e sobre a recontagem de votos na próxima eleição. “Imagine que o Lula perca as eleições: o pessoal dele não vai gostar, afinal de contas ele teria 60% de intenções, segundo o Datafolha. E o nosso lado diz que a pesquisa de rua, dado como as pessoas me recebem em qualquer lugar que eu vou, temos aceitação enorme. É coisa rara alguém me xingar, me ofender, me chamar de um palavrão ou qualquer coisa”, afirmou o presidente.
Neste fim de semana, Bolsonaro participou de um passeio de moto com apoiadores em Porto Alegre (RS). Durante o evento, policiais militares prenderam uma mulher que manifestava contra o ato. Segundo nota da Secretaria de Segurança Pública (SSP-RS), a manifestante estava agredindo motociclistas com chutes. Já pessoas no local, afirmaram que ela estava apenas “batendo panela”.
Sobre os palavrões destinados a integrantes da CPI, o presidente alegou que falou porque é “ser humano” e reage a certas provocações. “Falei caguei. Não poderia responder outra coisa àqueles três patetas”, afirmou sobre os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL) que investigam atos de omissão no âmbito da CPI da Covid.
Entre os alvos da comissão está o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello. Bolsonaro voltou a defender a escolha do militar para o comando da pasta e disse que tem conversas quase diárias com Pazuello nas quais ele relata ter a consciência tranquila sobre a sua gestão. Segundo Bolsonaro, a escolha do general aconteceu porque a pasta precisava de alguém com gestão forte e não conhecimento profundo.
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