Eu queria falar hoje sobre partilha, partilhar. O autor do Pequeno Príncipe, do livro clássico, diz assim: o pão partilhado, compartilhado, não há sabor que se lhe compare. Certamente você já fez a experiência da partilha. Muitos já fizeram a experiência de que o pão é mais saboroso quando partilhado com os outros. Nós estamos na caminhada, todos. Estamos no caminho, o caminho da vida, da construção humana. Um caminheiro não trouxe pão.
Ele se enganou da distância; nós lhe damos do nosso pão. E este pão tem gosto melhor para nós e para ele. Evidentemente, não é só o pão que produz o sabor, é também o amor que nele colocamos, que faz o pão tão saboroso. E é também a comunidade que nasce quando partimos o pão entre nós, a fraternidade, os sinais de humanidade que aparecem ali. Nas celebrações eucarísticas, o sacerdote parte o pão e o distribui.
É o mesmo que fez Jesus na última ceia, quando todos comiam, Jesus tomou o pão e produziu a bênção, depois partiu o pão e deu-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. Na verdade, nessa atitude, os apóstolos sentiram que o pão partido e distribuído é o próprio Jesus, que os amou e os amou até o fim, que se deixou quebrar por eles para que a vida deles não se quebrasse.
Que se dividiu com eles para que eles dividissem de um modo novo sua vida entre si. Por isso, quando nós partilhamos o pão, a vida passa a ter outro sabor. Não guarde tudo para você, não pense só em você mesmo, na sua família, nas suas coisas.
A vida precisa ser partilhada, o pão precisa ser partilhado, os dons que você tem são dados a você para serem partilhados, e assim, o mundo cresce e se humaniza. Um grande abraço para você, muita paz ao seu coração. Deus te abençoe em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo. Amém.
Padre Ezequiel Dal Pozzo
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