Em termos de receitas, a empresa registrou US$ 12,2 bilhões em vendas nos primeiros três meses do ano, crescimento orgânico de 17,2% na comparação anual. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal esperavam alta menor, de 8,7%. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado avançou 14%, a US$ 4,267 bilhões. A gigante do setor de bebidas informou que projeta crescimento do Ebitda entre 8% e 12% ao longo de 2021.
Brasil
O balanço da AB InBev detalha, ainda, o desempenho dos negócios no País. De acordo com a empresa, só no Brasil, houve crescimento anual de 24% nas receitas, destacando o sucesso do lançamento da Brahma Duplo Malte. O Ebitda nacional cresceu 20,3%, mas foi atenuado pelo real desvalorizado, diz a companhia.
Saída de Carlos Brito
O engenheiro carioca Carlos Brito, de 61 anos, vai deixar o comando da AB InBev no dia 1º de julho, anunciou a companhia na madrugada desta quinta-feira. O executivo vai se desligar da empresa após uma trajetória que começou na antiga Brahma, no fim dos anos 1980, passou pela criação da AmBev, na década seguinte, e culminou com a formação da maior cervejaria do mundo, já neste século, com a fusão da belga InBev com a americana Anheuser-Busch.
O substituto de Brito no comando da AB InBev também é brasileiro: o engenheiro catarinense Michel Dukeris, que ingressou na AmBev em 1996 e atualmente cuida das operações da AB InBev nos Estados Unidos.
Brito foi uma peça fundamental no projeto do empresário Jorge Paulo Lemann de montar a maior companhia cervejeira mundo. O executivo liderou todas as fusões e aquisições que levaram a AB InBev, controlada por Lemann, à dominação do mercado global. “Juntos, construímos a cervejaria líder e mais lucrativa do mundo, com as melhores marcas e, o mais importante, as melhores pessoas”, disse Brito no comunicado sobre seu desligamento.
Comentários estão fechados.