ATENÇÃO, SENHORES EDITORES: MATÉRIA COM EMBARGO. PUBLICAÇÃO LIBERADA A PARTIR DE DOMINGO, DIA 08 DE AGOSTO DE 2021.
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O desempenho de bens de capital, com avanço de 1,4%, foi o destaque positivo da produção industrial de junho, afirma o economista-sênior do Banco ABC Brasil Daniel Xavier. Dentro do segmento, Xavier chama a atenção para máquinas e equipamentos (2,9%) e outros equipamentos de transporte (11,0%). “É um sinal de ganho de confiança dos empresários no sentido de impulsionar o investimento doméstico”, analisa.
Na direção contrária dos bens de capital, os bens de consumo apresentaram retração de 0,9%. De acordo com o economista do ABC Brasil, o resultado reflete o impacto negativo de veículos (-3,8%) em duráveis (-0,6%) e de produtos alimentícios (-1,3%) em semi e não duráveis (-1,3%). “Teve esse balanço de forças, com alguns ramos para baixo e outros para cima. A estabilidade da PIM mostra um cenário de escassez de componentes em alguns setores.”
Como a variação nula na produção industrial de junho e a retração de 2,5% no segundo trimestre vieram em linha com o esperado pelo ABC Brasil, o banco manteve o cenário de expansão de 8,0% em 2021. O carrego é positivo em 0,5% para o terceiro trimestre.
O Produto Interno Bruto (PIB) Industrial, por sua vez, deve registrar queda de 0,9% no segundo trimestre, após avanço de 0,7% no primeiro. Nesse cenário, a projeção para o PIB do segundo trimestre é de estabilidade (0,0%), com crescimento de 5,2% em 2021.
A produção industrial ficou estável em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou na terça-feira, dia 3, a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) de junho. O resultado veio menor que a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que era positiva em 0,15%. As previsões iam de queda de 2,60% a alta de 1,20%.
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