Abel fez elogios à postura de Felipe Melo, que também estava na coletiva, antes de confirmar que o veterano jogaria. “As palavras dele (Felipe Melo) espelham o espírito da equipe. O que ele fala demonstra bem o espírito dos nossos jogadores. Sabemos que ele é importante quando joga ou quando está fora. Já ganhou títulos e nos ajuda com a sua experiência”, frisou.
Diante dos jornalistas, Abel foi pragmático, falou muito sobre a importância da força mental e reiterou que confia na capacidade técnica, física e mental de seus jogadores. Em sua opinião, o elenco está preparado para fazer “o propósito ser cumprido”. “Escalamos a montanha e temos um propósito muito claro: ganhar a final. Estamos aqui por mérito, por muito esforço e pela ajuda de muita gente. Pelo caráter, pela competência e pelo acreditar de nossos jogadores”, afirmou o comandante palmeirense.
“Sabemos o que temos fazer dentro de campo. Com nosso esforço, de muita gente, sobretudo dos jogadores, chegamos aqui. Eles vão dar tudo em campo para que o nosso propósito se cumpra”, prosseguiu. Ele pediu que os atletas “sejam fiéis a eles próprios”.
O Palmeiras encara um jejum diante do Flamengo, uma vez que não vence o rival carioca há mais de quatro anos. Para o português, a decisão deste sábado no Uruguai é a oportunidade ideal para quebrar esse tabu. “Essa equipe já provou que estão prontos para escrever a história”, ressaltou.
O favoritismo foi abordado na entrevista. Tanto o pragmático Abel quanto Felipe Melo afirmaram que não veem um time favorito. “Não existe favoritismo para um jogo como esse. Duas equipes gigantes e com grande elenco. Tudo pode acontecer”, opinou o jogador, de 38 anos, que busca erguer como capitão a segunda taça da Libertadores. “O favoritismo é para vocês. Vejo as coisas de forma pragmática. O resto eu deixo para vocês. Esse é meu foco”, endossou Abel.
“Só olhar os números. Nossa equipe já mostrou que pode fazer gol contra qualquer adversário. Temos que ter coragem e fechar os caminhos para o nosso gol. O futebol moderno é assim. Temos de ser competentes na defesa e no ataque. Assim que eu vejo o futebol”, analisou o treinador, sobre a estratégia para vencer o Flamengo.
Primeiro português, oitavo europeu e 23º estrangeiro a treinar o Palmeiras e em pouco mais de um ano já fez história no clube. E quer ampliar essa jornada positiva com mais um título continental. De janeiro, data da última decisão com o Santos, para cá, na sua opinião, o que mais mudou em si foi o trabalho que tem de acalmar a esposa.
“Tem que perguntar à minha esposa (o que mudou em mim em um ano). Ela diz que não sou mais o mesmo”, brincou o português. Preciso dar uma acalmada na fera. A minha mulher é minha maior psicóloga”, acrescentou. Antes de abordar novamente a dificuldade de lidar com um calendário tão exaustivo.
“O futebol brasileiro é insano. Digo o que sinto. Essa equipe e esses jogadores foram os que mais jogaram no mundo esse ano. Nós todos temos um compromisso. Vamos fazer um esforço extra apara cumprir com nosso propósito. É duro, difícil, mas se fosse fácil não estaríamos aqui”, salientou.
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