“Estamos no auge? Não. Temos muito a trabalhar e crescer. Temos gente com muita vontade de ganhar”, enfatizou o treinador português. “Neste momento é tudo mental, tudo vem da cabeça. Não é faltando um mês que vou transformar os jogadores. É tudo mental e a capacidade de nos mantermos focados. O jogo seguinte é o mais importante”, complementou.
O treinador abriu a entrevista coletiva depois da vitória por 2 a 0 sobre o Santos com palavras de conforto para os familiares e amigos da cantora Marília Mendonça, morta na última sexta-feira após a queda de um avião de pequeno porte perto de uma uma cachoeira na serra de Caratinga, interior de Minas Gerais. Ele enalteceu a vida e carreira da artista e citou outro brasileiro, Ayrton Senna, como um exemplo para ele.
“Gostaria que minhas primeiras palavras fossem para a Marília Mendonça. Dar meus sentimentos para toda a família. Consegui acompanhar na televisão a grandeza de uma mulher. Há muitos exemplos no Brasil para mudar a cultura, incluindo a cultura esportiva”, destacou o treinador. A forma como ela encarava a vida me faz lembrar o Ayrton Senna, uma referência, um ídolo para mim. Foi referência no esporte não só por ganhar, mas pela forma que perdia”.
Abel disse que ele e seus atletas se alimentam de “trabalho e vitórias” e voltou a dizer que o Palmeiras, com todo o grupo à disposição, se torna muito forte. Ele afirmou estar orgulhoso da mentalidade competitiva incorporada pelo elenco.
“Quando vemos a equipe com compromisso coletivo, sabendo o que fazer, dá orgulho muito grande. É o que pedimos diariamente, ter mentalidade competitiva ganhando ou perdendo. Vamos ganhar e perder, mas essa tem que ser a identidade. O maior adversário está em nós”, refletiu o treinador, contente com o entendimento tático da equipe.
“A sensação que fico é que, cada vez mais, eles sabem jogar sem bola. Entendem o jogo cada vez mais. A minha função é ensinar os jogadores. Depois, cada jogador ajuda a equipe de acordo com as características que tem”, explicou o português.
Abel também falou sobre a grande fase de Raphael Veiga. Ele foi questionado sobre a possibilidade de o meio-campista ser convocado para a seleção brasileira depois das boas atuações do artilheiro do Palmeiras na temporada, com 16 gols. Limitou-se a dizer sobre o que está ao alcance do atleta fazer para ser lembrado por Tite.
“Veiga tem que fazer aquilo que controla. Dar o melhor de si, ser corajoso, ter valentia com e sem bola. É o grande segredo, o equilíbrio que tem sem bola. Com bola, muita qualidade, é um jogador robusto, completo. Está aí pra quem quiser ver. Se o treinador (Tite) entender que deve convocá-lo é uma questão que compete a ele, não a mim”.
O Palmeiras retomou a vice-liderança do Brasileirão. Agora soma 55 pontos e está a dois do Flamengo, que ainda joga na rodada e pode recuperar o posto. Na quarta, às 20h30, enfrenta o Atlético-GO, no Allianz Parque, pela 31ª rodada.
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