Durante a preparação para o clássico, o treinador teve uma rara semana livre, após maratona de jogos iniciada em abril. A expectativa era de que o período maior de treinos servisse para descansar os atletas, assim como para aprimorar a parte técnica e tática, missão que ele acredita ter sido cumprida, apesar da ressalva sobre a falta de poder ofensivo.
“Podíamos ter feito, sobretudo, um jogo mais dinâmico. Era o que eu estava esperando, que nossa equipe fizesse um jogo ofensivo”, disse o técnico palmeirense. “Eu disse isso aos jogadores antes do jogo, que esperava que eles fizessem um jogo em que criássemos mais oportunidades. Mas a história me diz, pelo estudo que nós fizemos, que nesse tipo de clássico nunca há muitas oportunidades”, completou.
Abel Ferreira também foi questionado sobre a dificuldade que o Palmeiras tem enfrentado nos encontros com o São Paulo durante esta temporada. Até agora, os palmeirenses não venceram nenhuma vez, mas ainda terão mais três oportunidades, duas nas quartas de final da Libertadores e uma no returno do Brasileirão. Abel amenizou a importância dos duelos contra o rival.
“Isto é uma maratona. Esta competição não é um jogo entre o Palmeiras e o São Paulo, é uma competição entre o Palmeiras e todas as outras equipes, portanto é uma competição por pontos, e ganha quem chegar ao final com mais. Vamos ganhar alguns jogos, perder outros, vamos empatar, o que nós queremos é chegar ao final do campeonato e ter sempre mais pontos que os outros”, ponderou.
O técnico português também comentou sobre os lances polêmicos da partida. No primeiro tempo, um gol do são-paulino Rigoni foi anulado por impedimento, minutos antes de o árbitro Luiz Flávio de Oliveira anular um pênalti de Gustavo Gómez em Marquinhos, após consulta ao VAR. Na etapa final, Gómez fez gol contra depois de cobrança de falta de Reinaldo, mas a arbitragem optou pela anulação, por considerar que Miranda, impedido, participou do lance.
“O gol foi bem anulado, o pênalti (anulado) não foi pênalti mesmo. O último lance teve interferência (de Miranda) na decisão, quando para mim antes não há falta do Renan. O jogador vai correr e dar o seu melhor para disputar a bola, não há falta nenhuma”, avaliou Abel, lembrando a falta de Renan em Rigoni, lance que antecedeu o último gol são-paulino anulado.
Com mais uma semana livre pela frente, o Palmeiras, ainda líder do Brasileirão, com 32 pontos, volta a campo apenas no próximo sábado, quando recebe o Fortaleza no Allianz Parque para a disputa da 15ª rodada.
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