O treinador ficou satisfeito com o que viu, especialmente em relação à postura de seus comandados depois de sofrerem o gol de Luan na segunda etapa. Patrick de Paula, que entrara na etapa final, marcou de falta o gol que definiu o placar e deixa o Palmeiras com a vantagem de jogar pelo empate sem gols na volta, no Allianz Parque.
“Hoje mostramos uma grande capacidade mental, grande força mental e grande atitude competitiva. Só gente muito focada é capaz de vir na casa do São Paulo, após uma derrota em casa contra o Fortaleza, e dar a resposta que deu hoje”, enalteceu o treinador português. Na sua avaliação, a equipe reagiu bem ao gol sofrido, conseguiu se impor e deveria ter saído de campo com a vitória, considerando o volume de jogo e as chances criadas.
“Sofremos um gol contra a corrente do jogo. O adversário tem qualidade, organização e a minha equipe teve uma capacidade mental muito forte. Sofremos o gol, mantivemos o foco e a calma. Fomos capazes de impor nosso jogo e com toda a justiça fizemos o gol do empate”, opinou Abel. “E se tivesse vencedor, teria que ser o Palmeiras porque as oportunidades mais flagrantes foram nossas”, argumentou.
O português também entende que o Palmeiras jogou com “coragem e caráter” no duelo decisivo no Morumbi. “Para ganhar uma vez é preciso talento. Para ganhar de forma constante é preciso caráter. E fomos o que demonstramos hoje. Caráter, personalidade, força, vontade e grande atitude mental”, afirmou.
O Palmeiras segue sem vencer o São Paulo na história da Libertadores – são seis derrotas e três empates – mas conseguiu a vantagem de poder jogar pelo empate sem gols no Allianz Parque, terça-feira que vem, às 21h30. Na partida que definirá o semifinalista, Abel espera que seus atletas continuem competindo ao máximo.
“É um jogo de 180 minutos. E jogos da Libertadores são muito competitivos e equilibrados. É o que esperamos em casa”, considerou. “Para passar para a fase seguinte, temos que continuar competindo durante o jogo todo. Sofrer quando tiver que sofrer e impor nosso jogo como fizemos hoje”.
O treinador se anima com a possibilidade de classificação porque entende que, hoje, Palmeiras e São Paulo estão no mesmo nível, ao contrário do que se viu no Campeonato Paulista, torneio em que o rival levou a melhor na final e saiu com o título.
“Começamos a temporada com níveis diferente de capacidade física. Pena que não assumimos logo cedo que o Paulista seria pra dar oportunidade a todos. Nosso adversário se preparou melhor para o Paulista e agora as equipes estão no mesmo nível”.
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