“A valorização dos derivados no mercado internacional amplia defasagens. A alta pressiona os preços domésticos de combustíveis e operações de importação seguem inviabilizadas”, afirmou o presidente da associação, Sérgio Araujo.
A Petrobras, no entanto, toda vez que é acusada de segurar seus preços, reafirma a sua política de paridade de importação. Isso significa que, para definir os valores dos seus combustíveis, a empresa considera o preço internacional, câmbio e custos logísticos. Mas, desde que o general Joaquim Silva e Luna assumiu o comando da empresa, a gasolina e o diesel não aumentaram. O argumento é que as revisões acontecerão em prazos mais longos, para evitar o repasse ao consumidor de oscilações externas momentâneas.
Já a Abicom reforça que a desvalorização do real frente ao dólar também não justifica a manutenção dos preços da Petrobras. Além disso, de acordo com a entidade, o mercado internacional mantém sinais de que o petróleo continuará em patamares elevados neste ano.
“A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) teve acordo sobre o aumento gradual de oferta até o fim deste ano. Sem consenso em relação ao planejamento de 2022, o grupo retoma hoje as discussões sobre manutenção do acordo ou renovação a partir do próximo ano. Mesmo com discussões em andamento, futuros do Brent têm suporte dos ganhos. No momento, cotações superam US$ 76 por barril”, afirma a Abicom.
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