“A evolução das operações de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN) em outubro mostra a confirmação de alta para este período, impulsionada pela sazonalidade, redução dos novos casos de infecção e mortes pela Covid e pela ampliação da retomada da atividade no setor de serviços”, disse Tingas.
Ao mesmo tempo, afirmou ele, a manutenção de uma carteira que nominalmente cresce tem a ver também, pelo menos em parte, com a inflação. “Então a rolagem de uma carteira com a inflação mantém o número alto. E as concessões de crédito mostra a qualidade do crédito, com as pessoas jurídicas buscando recursos para capital de giro de longo prazo. Ou seja, as empresas estão saneando seus caixas”, atestou o economista da Acrefi.
Já não é o que acontece com as pessoas físicas que, segundo Tingas, perdem ritmo de crescimento no saldo e nas concessões. “Então o que a gente vê em termos de concessões dessazonalizadas, falando em crédito livre, é um crescimento de 0,8% das pessoas jurídicas no mês e avanço de 8,7% no trimestre, coincidindo com o período de retomada dos serviços, e as pessoas físicas caindo 0,4% no mês e 4% no trimestre”, observou o economista da Acrefi.
No crédito direcionado para pessoa jurídica Tingas cita a queda forte ao longo do tempo enquanto as pessoas físicas cresceram 0,7%, na comparação de outubro sobre setembro apesar de uma perda de impulso no financiamento imobiliário.
“Além disso, se vê a inadimplência caindo em alguns segmentos de crédito para pessoas físicas. Ou seja, nominalmente o saldo de crédito forte tem a ver com a retomada da atividade dos serviços, com a queda da Covid e com alta da inflação. Se tirada a inflação esses números são diferentes”, disse Tingas
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