Se tivesse sido denunciado por insulto com base em discriminação étnica, o jogador da seleção da Áustria poderia ter sido suspenso por até dez jogos, inviabilizando sua participação nesta Eurocopa. Antes da denúncia, Arnautovic já havia pedido desculpas publicamente e negou ser racista.
A Uefa abriu investigação contra o austríaco na terça-feira após denúncia da federação da Macedônia do Norte, que criticou uma suposta “explosão nacionalista” de Arnautovic ao comemorar o terceiro gol dos austríacos na vitória por 3 a 1, no domingo. O atacante celebrou o gol demonstrando raiva e dirigindo gritos ao lateral Gjanni Alioski, do time adversário.
Em seguida, fez um gesto com as mãos, unindo o dedo indicador ao polegar, o que é conhecido como uma manifestação supremacista e racista. Arnautovic tem origem sérvia e Alioski, albanesa. A Sérvia e a Albânia têm histórico de relações tensas, na década de 90. Lideranças sérvias acusaram albanesas de estimular a separação de Kosovo. A Sérvia não reconhece a independência do território vizinho.
Pelas redes sociais, Arnautovic negou qualquer intenção racista em seu gesto e pediu desculpas pelas ofensas ao rival da Macedônia do Norte. “Proferi algumas palavras mais acaloradas ontem (domingo), motivo pelo qual gostaria de pedir desculpas, especialmente aos meus amigos da Macedônia do Norte e da Albânia. Gostaria de dizer uma coisa e deixar muito claro: eu não sou racista. Tenho amigos em todos os países e defendo a diversidade. Qualquer pessoa que me conhece sabe disso”, declarou.
Com a suspensão, o atacante virou desfalque certo no time austríaco para o jogo contra a Holanda, nesta quinta. Técnico da equipe holandesa, Frank de Boer comemorou a baixa. “É uma pena para a Áustria, porque ele é um jogador muito bom. Nesse sentido, para nós, será uma vantagem”, declarou.
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