O indicador de confiança da ADVB considera respostas para os negócios da empresa, setor econômico e para a economia do Brasil atribui pesos de -1 a +1, sendo zero a linha dágua do índice. Para os negócios houve um aumento de 0,18, ante uma queda de 0,1 no primeiro trimestre.
Para o segmento setor econômico foi registrada uma alta de 0,15 no segundo trimestre, depois uma queda de 0,11 nos primeiros três meses do ano.
A pior pontuação foi para a confiança no desempenho da economia brasileira, que fechou o período em análise com ligeira alta de 0,02, depois de uma queda de 0,42 no primeiro trimestre.
A ADVB e a Fipe ouviram 443 dirigentes entre 10 de junho de 9 de agosto. Predominaram empresas do setor de comércio e serviços (83,1%) e indústria (13,8%). “A melhora nos números da pandemia e o avanço da vacinação podem ter contribuído para a evolução nos indicadores de confiança e expectativa”, diz o presidente da ADVB, Aristides Cury.
Os dados do segundo trimestre são os melhores desde os últimos três meses de 2019, embora ainda não os tenham ultrapassado. A notícia pouco ou nada alvissareira, de acordo com Cury, é que muito provavelmente haverá uma reversão da tendência dos dados no terceiro trimestre. Isso porque, de acordo com ele, a melhora que se esperava no começo do ano para o segundo semestre tende a não acontecer.
Segundo o executivo, os indicadores ainda não registram uma retomada completa das condições pré-pandêmicas. A Sondagem ADVB mede também as expectativas para os próximos 12 meses e inclui levantamento das expectativas de dirigentes e ocupantes de cargos das áreas citadas quanto ao desempenho das vendas e da verba à disposição para ações de marketing no futuro próximo.
Neste corte da pesquisa, a confiança dos empresários nos negócios das empresas desacelerou para 0,30 de uma pontuação de 0,44 no primeiro trimestre. Para o setor econômico, a confiança em relação aos próximos doze meses saiu de 0,38 no primeiro trimestre para 0,25 no segundo trimestre. Mais uma vez, o pior desempenho foi em relação à expectativa para a economia brasileira nos próximos 12 meses. Essa passou de 0,27 para 0,03.
Dos respondentes da pesquisa, 74,6% eram do gênero masculino. Destes, 64,7% tinham 45 anos ou mais. Em termos geográficos, predominavam na amostra os respondentes de empresas sediadas em São Paulo (40%) e entre outras unidades federativas (60%). A maior parte dos respondentes da 14ª rodada ocupava cargos de presidência, direção geral, gerência comercial, direção de vendas, diretores administrativos, gerentes de marketing e vendas, entre outras posições de destaque e liderança. Predominaram empresas do setor de comércio e serviços (83,1%) e indústria (13,8%).
Finalmente, em termos de porte, a maior parcela dos respondentes (38,4%) integrava empresas que foram classificadas como de menor porte (até 9 funcionários); 31,9% faziam parte de empresas e organizações com entre 10 e 99 funcionários; e 27,2% compunham empresas com 100 ou mais funcionários.
De acordo com a ADVB, a expectativa dos respondentes também se consolidou em território positivo, considerando o progresso apurado em todas as dimensões da sondagem: economia brasileira, setor econômico e empresas/negócios dos respondentes. Em conjunto, tanto os níveis de confiança quanto de expectativa alcançaram os melhores patamares da série histórica desde 4º trimestre de 2019.
Desempenho esteve em compasso com o avanço da vacinação no País, as melhorias nos números da pandemia (contaminados, internados e mortes) e a perspectiva de reabertura e recuperação econômica projetadas para o segundo semestre de 2021.
No que tange ao desempenho esperado do valor das vendas nos próximos 12 meses, os respondentes se distribuíram entre aqueles que se declararam otimistas (83,0%) e pessimistas (8,0%).
Uma parcela minoritária dos respondentes (9,1%) apostava na manutenção dos patamares atuais. Já com relação à verba de marketing, adotando como referência o mesmo horizonte, a expectativa média apurada com relação à verba disponível foi um pouco menos otimista, distribuindo-se da seguinte forma: expectativa de aumento para 60,2%; de estabilidade, para 30,5%; e de queda, para os demais (9,4%).
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