Uma operação da Divisão de Transporte Aéreo da Casa Militar, iniciada na noite de terça-feira (28) e que se estendeu até a manhã desta quarta (29) garantiu, mais uma vez, a agilidade no transplante de órgãos no Paraná. A aeronave King Air 350 se deslocou de Curitiba para levar a equipe médica da Central Estadual de Transplantes até a cidade de Jaguaruna (SC), para a captação de um fígado na cidade vizinha de Araranguá.
A equipe retornou a Curitiba e trouxe o órgão para o hospital responsável pelo procedimento cirúrgico. De acordo com a Central Estadual de Transplantes, o órgão foi ofertado para o Paraná porque provavelmente não havia um receptor compatível em Santa Catarina. A identidade do doador e do receptor são sigilosas.
O uso de aeronaves que antigamente eram utilizadas exclusivamente por autoridades, e que agora atendem o transporte de órgãos e outras emergências de saúde, colocam o Paraná como referência no transplante de órgãos no Brasil. Somente entre janeiro e fevereiro deste ano, foram 106 órgãos transplantados no Estado.
Para isso, o Departamento de Transporte Aéreo atende as demandas emergenciais a qualquer horário do dia ou da noite. E com a agilidade também das equipes da Central Estadual de Transplantes, o Estado foi o segundo no Brasil no ano passado em doação por milhão de população (pmp), de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
A média de transplantes no Estado em 2022 foi de 69,8 pmp, atrás apenas do Distrito Federal (77,9 pmp) – a média nacional é de 37,6 pmp. Foram 1.731 transplantes realizados no ano passado no Estado, de acordo com o relatório anual da ABTO: 930 de córnea, 468 de rim, 312 de fígado, 20 de coração e um de pulmão.
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