A ONG Human Rights Watch pediu que governos estrangeiros abram as fronteiros para refugiados afegãos que correm risco de serem perseguidos pelo Taleban. “Seja de dentro ou de fora do Afeganistão, os governos e escritórios da ONU devem fornecer proteção e assistência aos afegãos em risco e fazer do processamento de documentos de viagem e transporte uma prioridade”, destacou a diretora da organização para Ásia, Patricia Gossman.
A representante da ONG chamou atenção para o histórico do Taleban na opressão de pessoas que consideram inimigos. Segundo a instituição, jornalistas, acadêmicos e ativistas estão entre os possíveis alvos do grupo fundamentalista, bem como integrantes de minorias étnicas. Por isso, a ONG defende a suspensão de deportações de afegãos.
“As partes beligerantes do Afeganistão precisam reconhecer que o mundo está observando e as evidências de abuso estão sendo coletadas”, disse Gossman. “Aqueles que cometem atrocidades podem um dia esperar enfrentar a justiça por seus crimes perante o Tribunal Penal Internacional ou outro tribunal”, acrescentou.
O Comitê Internacional de Resgate (IRC, na sigla em inglês), por sua vez, destacou que o recente recrudescimento dos conflitos coloca civis em perigo, particularmente mulheres. A entidade iniciou um programa com objetivo de arrecadar US$ 10 milhões em ajuda ao Afeganistão.
“A administração do presidente americano, Joe Biden deve usar sua força diplomática para pedir um cessar-fogo nacional imediato para deter a violência crescente e facilitar a entrega de ajuda e serviços humanitários urgentemente necessários”, instou a Diretora Sênior do IRC para Política e Advocacia de Programas Internacionais, Amanda Catanzano.
Em uma carta aberta à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, um grupo de veículos de imprensa do país europeu pediu para que o governo emita vistos emergenciais para funcionários afegãos. “Os empregados que desejam deixar o país enfrentam perseguições, prisão, tortura e morte. Pedimos, portanto, que aja rapidamente”, exortaram os veículos.
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