Adiado durante dois anos pela pandemia da covid-19 e por questões de ordem financeira, o Censo 2022 iniciou suas coletas no dia 1º de agosto de 2022 e ainda segue colhendo dados dos brasileiros. Em Pato Branco não é diferente. Segundo a Agência Pato Branco do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as coletas devem continuar até o fim do mês de março, muito em virtude, das recusas ou ausências constatadas pela instituição.
A abrangência da agência do IBGE é de treze municípios: Bom Sucesso do Sul, Chopinzinho, Clevelândia, Coronel Domingos Soares, Coronel Vivida, Honório Serpa, Itapejara D’Oeste, Mangueirinha, Mariópolis, Palmas, Pato Branco, São João e Vitorino.
Sobre os dados prévios, de acordo com a chefe da agência do Instituto em Pato Branco, Sharon Caleffi, a maioria dos municípios de abrangência tiveram crescimento em seu número de habitantes. Em proporção, os que mais aumentaram seus dados foram Vitorino, Pato Branco, Itapejara D’Oeste, Coronel Vivida e Chopinzinho.
“Na região, em geral, fomos bem recebidos pelas pessoas. Houve mais recusas em Pato Branco. Nossas principais dificuldades foram em relação ao número grande de pessoas que não estavam em casa no momento em que o recenseador passava”, afirma Sharon ao contar sobre a recusa que os recenseadores sofrem, muitas vezes. Mesmo com os municípios unidos em campanhas informativas para chamar atenção da população, no objetivo de participarem do Censo, ainda há muitas casas com moradores ausentes, conforme Sharon.
“Se as pessoas da casa não responderam ao Censo, podem enviar o endereço completo pelo WhatsApp (46) 99118-0729, e estaremos em contato”, explica. O objetivo das equipes do IBGE agora, é colher os dados dos ausentes e, de certa forma, tentar reverter as recusas até o fim de março.
Pato Branco, por exemplo, teve um salto de 72.370 para 94.239 habitantes, segundo prévia dos dados registrados até o dia 25 de dezembro de 2022. Um dos fatores que mais contribuiu para o atraso no cronograma do Censo 2022, foi a falta de recenseadores, ocasionada pelo aquecimento do mercado de trabalho no segundo semestre de 2022 em alguns estados, principalmente os litorâneos.
O Censo e a publicação de seus dados são importantes para conduzir os trabalhos políticos e sociais, para determinar a representação política entre vereadores e deputados federais e estaduais. Além disso, auxilia no cálculo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Porém, muitos municípios não receberão maior aporte financeiro da União, pois em decisão do Supremo Tribunal Federal, que anula a decisão do final do ano passado do Tribunal de Contas da União de utilizar já para os repasses de 2023, os dados prévios do Censo 2022. Com a decisão unânime da suprema corte, volta a valer os dados no coeficiente de distribuição de cada município, utilizados no ano de 2018.
Comentários estão fechados.