Como distinguir o certo do errado? Primeiramente, nós poderíamos dizer que parece que antigamente era mais fácil distinguir o que é certo e errado. Hoje, sabemos que nem sempre é tão fácil, pois os motivos vêm misturados e o que parece bom para uma pessoa parece errado para outra; nem sempre nós podemos prever todas as consequências daquilo que nós fazemos, do nosso agir.
Nem tudo que é bom na intenção é bom nas suas consequências, apesar disso precisam existir parâmetros que a gente possa dizer: isso é mais certo e aquilo é errado e faz mal. Poderíamos dizer que errado é o que prejudica as pessoas, correto é o que levanta as pessoas. Poderíamos também dizer que o que serve para as pessoas é bom. Contudo, isto é uma explicação genérica, ampla. O correto é o que responde a realidade, incorreto é o que falseia a realidade e a ela se opõe.
Ainda há outra compreensão que diz que nós precisamos usar a razão e usar a cabeça para agir bem. Só que a pergunta é a seguinte: será que quando nós usamos a razão fazemos só coisas boas? Este não deve ser um critério único também. Outro critério deve comparecer para complementar isso: correto é também o que brota do amor e não do ódio.
Também a razão às vezes é levada por sentimentos. Quando a razão age por ódio torna-se cega e então apesar da pessoa agir pelo impulso da sua razão ela faz coisas que prejudicam as outras pessoas. Também pessoas racionais praticam a violência contra outras pessoas e em nome do que elas têm na sua cabeça, sentiram-se donas da verdade e acharam que deviam levar as outras pessoas à força para a verdade. Aqui entra a realidade dos fundamentalistas fanáticos.
Apelam para a verdade e querem impô-la a todo custo. Estão cegos para o seu lado de menosprezo das pessoas, para a violência que praticam. Estão obstinados pela verdade, mas é uma verdade deles. E se fecham para as necessidades pessoais dos outros e, de certa forma, encobrem a verdade.
Por isso, na filosofia, “correção” está sempre ligada à verdade, e a verdade nunca está só de um lado, a verdade está no meio. Para o cristianismo, a verdade não é só fruto do consenso de ideias, mas é uma pessoa concreta que se revelou para toda a humanidade e se chama Jesus Cristo. Por isso, quando nós pensamos em certo e errado tem muitos elementos que entram aí. Façamos o melhor, todos os dias!
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