O mês de agosto marca, em todo o Brasil, a campanha Agosto Lilás, dedicada à conscientização e ao combate à violência contra a mulher. Somente no primeiro semestre de 2025, mais de 500 mil novos processos relacionados ao tema foram abertos no país, o que equivale a dois casos por minuto, segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para a deputada estadual e cantora Mara Lima (Republicanos), os números são alarmantes, mas também refletem um avanço na coragem das vítimas em denunciar. “Cada número representa uma mulher que foi agredida ou ameaçada, mas que também teve coragem de denunciar seu agressor. Não podemos tratar a violência como um problema distante; ela pode estar acontecendo ao lado da nossa casa, na nossa rua ou dentro da nossa própria família”, afirmou.
No Paraná, a parlamentar é autora da Lei nº 21.629/2023, que instituiu a Campanha Estadual de Combate à Violência Doméstica, Familiar e Sexual contra a Mulher. Além disso, apresentou o Projeto de Lei nº 539/2025, que prevê a implantação permanente do Banco Vermelho como ação de enfrentamento ao feminicídio no Estado.
O Banco Vermelho é um símbolo mundial da luta por Feminicídio Zero, presente em diversos países. Em espaços públicos, ele funciona como alerta visual e instrumento de mobilização social. “O Banco Vermelho não é apenas um objeto decorativo; é um alerta permanente de que precisamos enfrentar essa realidade. A cor vermelha simboliza o sangue derramado por mulheres assassinadas, e seu tamanho — muitas vezes em escala gigante — ajuda a dimensionar a tragédia que o feminicídio representa”, explicou Mara Lima.
A deputada reforçou que o combate à violência contra a mulher exige engajamento coletivo. “Não podemos esperar que apenas as autoridades resolvam. Cada pessoa pode e deve agir: se você percebe sinais ou suspeita de violência, denuncie pelo número 180. Silenciar é ser cúmplice”, pontuou.
Para ela, o Agosto Lilás é um momento estratégico de mobilização, mas o compromisso precisa ser contínuo. “A proteção da mulher deve ser prioridade todos os dias do ano. É fundamental criar redes de apoio, fortalecer políticas públicas e, acima de tudo





