Em relatório mensal publicado nesta terça-feira, 13, a entidade com sede em Paris diz que se a Opep não conseguir superar o impasse atual, o mercado de petróleo enfrentará a “perspectiva de um crescente déficit de oferta”. Com o mercado global já tendo absorvido o excesso de oferta que se acumulou no início da pandemia de covid-19, possíveis pressões inflacionárias podem prejudicar a frágil recuperação da economia mundial, prevê a AIE.
Ao mesmo tempo, a memória da guerra de preços do ano passado – que contribuiu para o tombo histórico do mercado de petróleo – permanece fresca na cabeça dos investidores, e “a possibilidade de uma batalha por participação de mercado, mesmo que remota, perdura sobre os mercados”, acrescenta a AIE no documento.
Além das incertezas de oferta causadas pelo impasse da Opep+, o potencial impacto do aumento de casos de coronavírus nos planos de reabertura econômica de vários países ricos enfraquece a visibilidade da demanda, ressalta a AIE. Nas últimas semanas, a rápida propagação de variantes da covid-19, como a delta, tem pesado nas cotações internacionais do petróleo.
A AIE revisou para cima sua estimativa de acréscimo na oferta de países fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) neste ano em 60 mil barris por dia (bpd), a 770 mil bpd. Em 2022, a oferta desse grupo deverá ter expansão de 1,6 milhão de bpd, reiterou a entidade.
A AIE também informou que os estoques de petróleo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tiveram avanço de 18,1 milhões de barris em maio, a 2,95 bilhões, interrompendo uma sequência de nove meses em queda. O volume, porém, ficou 10,8 milhões de barris abaixo da média do período pré-pandemia de 2015 a 2019. Fonte: Dow Jones Newswires.
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