O resultado da partida não definirá o futuro de nenhum treinador ou mesmo dos times na competição. O Corinthians está perto da classificação e o Santos teria ainda mais três jogos para se recuperar. Mas o clássico acontece em momento perigoso da temporada para os dois times por causa da dura sequência de jogos que têm pela frente. Uma derrota, portanto, deve gerar pesadas cobranças para qualquer um dos lados.
O Santos é quem apresenta situação mais delicada. Irregular tanto no Paulistão quanto na Copa Libertadores, corre risco de cair na primeira fase do Estadual. E começou a fase de grupos da competição sul-americana perdendo em casa para o modesto Barcelona, do Equador. Para piorar, a possível reação tem um duro obstáculo pela frente: o Boca Juniors. O argentino é o próximo rival santista, já na terça-feira, na temida La Bombonera.
No Estadual, a sequência também não será fácil. No sábado que vem, o oponente será o sólido Red Bull Bragantino, segundo melhor time da competição até agora. E o jogo seguinte na competição será o clássico com o Palmeiras, fora de casa, no dia 6 de maio. Com apenas duas vitórias em oito jogos, o Santos vem de derrota e é o segundo colocado do Grupo D, com nove pontos, dois atrás do líder Mirassol, que tem um jogo a menos.
Como trata a Libertadores como prioridade, o time da Vila Belmiro mais uma vez deve ir a campo com reservas, apesar da importância natural de um clássico. Como vem fazendo no Estadual, Holan pode fazer novos testes em todos os setores do time, tornando a escalação do Santos um mistério constante. E, assim, a equipe segue sem identidade na temporada. Única certeza é a baixa de Soteldo, negociado com o Toronto FC, do Canadá.
“Eu, jogadores, comissão técnica, todos sabemos da importância que tem um clássico. Mas também temos que pensar que depois de 48 horas temos um jogo de Libertadores. E não é só pelo nível de jogo, temos jogadores que não se recuperam em 48 horas. Hoje jogaram alguns jogadores que atuaram contra o Barcelona. Primeiro temos que ver como estão fisicamente, depois montar o time mais competitivo possível para domingo e terça”, diz o técnico.
Se agrada nos resultados, o Corinthians incomoda os torcedores com as atuações abaixo do esperado. Com 18 pontos, lidera o Grupo A. Em caso de vitória no clássico, ficará muito perto de sacramentar a classificação às quartas de final. Apesar disso, a torcida não vem perdoando Mancini. No sábado, uma organizada fez protesto na porta do CT Joaquim Grava, com faixas citando o próprio treinador e o presidente Duilio Monteiro Alves. Uma delas dizia: “Clássico é guerra”.
As críticas são consequência das fracas apresentações da equipe, que não convence no Paulistão e começou mal na Copa Sul-Americana: empatou sem gols com o River Plate do Paraguai, em Assunção, na quinta-feira. O próximo rival será mais complicado. Na próxima quinta, o time paulista enfrentará o Peñarol, em casa.
Preocupado com o desgaste físico e com eventuais lesões, Mancini indicou que mandará a campo neste domingo uma equipe dominada por reservas. E, no clássico dos times mistos, Corinthians e Santos buscam recuperar suas identidades para fazer bonito e tranquilizar suas torcidas.
Comentários estão fechados.