ALAP

Doloroso grito silencioso

Oh! Meu Brasil! 
A força do discurso alienante, 
Jugo dominante, 
Arrasta pelas estradas da vida, 
Corpos cansados, 
Pela dor assinalados.

Vives tu este tempo severo, 
Quando até o Sol parece querer queimar 
E se vingar dos corpos a se arrastar… 
Mas, por que te deixas enganar?

Vida Severina! Severina vida! 
Vida amarga e aflita… 
No teu lento e doloroso grito silencioso 
Lágrimas de sangue marcam o teu caminho… 
Caminho sozinho, sozinho, sozinho…

Severa vida não escolhe idade! 
Nem mesmo os versos do teu poeta 
Abrandam a sina do protagonista 
Silenciado pela severa vida 
Um dia já anunciada pelo profeta.

As correntes estão nas mentes 
Acomodadas e dominadas…

Onde te encontras braço forte? 
Meu Brasil, outrora o filho teu… 
Defender-te até a morte, não prometeu?

Elizabeth Chemin Bodanese, Acadêmica da ALAP, Cadeira nº 30.

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