Coluna ALAP Academia de Letras e Artes de Pato Branco

Foi assim que te conheci Pato Branco

Quando aqui cheguei não pude te ver

Era de noite e luz não havia

Ao abrir a janela ao amanhecer

Onde estava hospedado nada se via

Saindo pelas ruas para te conhecer

Te vi rodeada de pinheiros e serrarias

Casas de madeira tinham muitas para ver

Assim era o centro e tuas cercanias

Ruas estreitas de noite eram escuras

Quando chovia o centro alagava

Pinguelas ligavam passagens de ruas

Por cima deles os rios passavam

Não te achei linda nem feia

Grande ou pequena não dava pra ver

Mas no meu peito o sangue nas veias

Assim me dizia: – AQUI TU DEVES VIVER

Enamorei-me de ti com o pouco que tinhas

Com o tempo fui descobrindo tuas belezas

Vi pela frente o futuro que tinhas

E ao teu redor tinha muitas riquezas

Quem veio a passeio e aqui foi ficando

Aos poucos descobriu belezas e atração

O  tempo passando aos  pouco fui te amando

E aos poucos tu prendeste meu coração

Aprendi a amar-te e de ti me enamorei

Caminhei contigo na estrada do progresso

Nunca te abandonei nem te abandonarei

Nas estradas da vida não tem retrocesso

Não posso abrir as gavetas da memória

Tem gavetas cheias de coisas arquivadas

Tens coisas lindas na tua trajetória

Merecem ser escritas e preservadas

Hoje tudo isto cheira a fantasia

Mas teu passado é bom relembrar

Tua trajetória continue em harmonia

Teu povo contigo quer caminhar

Contigo fui crescendo e aprendi a te amar

Contigo vivi, trabalhei e envelheci

Te vi nascer crescer e prosperar

Lembrando teu passado lembrei como te conheci

-Ô malvada saudade

PROFESSOR IVO EXPEDITO MARTINI, CADEIRA 34 (PATRONO DORVALINO CANTU)

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