Camboriú prevê aumentar a faixa de areia de 25 para 70 metros até outubro, no que a prefeitura local diz ser o maior alargamento de praia da América Latina. A ideia é desfazer a fama de lugar onde arranha-céus fazem sombra no mar depois do meio-dia – a cidade também é conhecida pelo mercado imobiliário de alto padrão. “Trouxemos a draga mais moderna do mundo, a mesma que fez as palmeiras de Dubai e o Canal de Suez”, celebrou o prefeito Fabrício de Oliveira (Podemos). Segundo ele, os estudos e os projetos foram custeados pela iniciativa privada. O restante poderá ser amortizado com verbas de outorgas cobradas dos empreendimentos na praia, que tem um dos metros quadrados mais caros do País.
O processo de dragagem, porém, traz riscos, alerta Paulo Horta, da Universidade Federal de Santa Catarina. “Pode ter desde substâncias químicas até cistos de algas capazes de causar florações nocivas. É muito importante que haja monitoramento”, avisa.
Florianópolis também projeta alargar a faixa de areia de três praias: Ingleses, Jurerê Tradicional e Armação para novembro de 2022. Além de turismo, o objetivo é recuperar trechos onde a maré avançou. Juntos, os empreendimentos somam mais de R$ 115 milhões em investimentos públicos.
Natal projeta extensão de 75 metros da faixa de areia de seu mais famoso cartão-postal, a Praia de Ponta Negra. Conforme previsto pela pasta municipal, será consumido mais de 1 milhão de metros cúbicos de areia. Pronto, o local deverá ter faixa de 100 metros entre o calçadão e o mar, na maré seca.
Em novembro de 2019, a Prefeitura de Fortaleza ampliou o aterro da Praia de Iracema, já existente, e criou novo aterro, com mais 80 metros de praia. Juntas, as duas faixas tomam dois quilômetros, quase 18 quarteirões. A mudança segue outras adaptações urbanísticas na região da Avenida Beira-Mar, como equipamentos de lazer, quiosques e banheiros.
Para o coordenador do Laboratório de Gestão Integrada das Zonas Costeiras da Universidade Estadual do Ceará, Fábio Perdigão, “recompor a praia é um dos melhores sistemas de recuperação ambiental, porque o local volta a ter um ambiente natural e não um ambiente degradado pela erosão, como estava acontecendo nos últimos anos, em que perdeu alguns sedimentos”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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