Também neste sábado, milhares de pessoas fizeram manifestações em diversas cidades da Itália em apoio às mulheres afegãs e exigindo continuidade da pressão internacional sobre líderes do Taleban, para que elas possam participar da atividade educacional e política do país.
Entre os grupos que organizaram os protestos está a Fundação Pangea, que trabalhou por 20 anos em projetos de desenvolvimento econômico para mulheres afegãs antes de ajudar a retirá-las do país quando o Taleban assumiu o controle. “Devemos talvez continuar as evacuações humanitárias de uma forma específica, pensando primeiro em todas as mulheres que não puderam entrar no aeroporto em agosto e que hoje estão realmente se arriscando no Afeganistão”, disse a vice-presidente da fundação, Simona Lanzoni.
Os manifestantes também pediam um observatório permanente dos direitos das mulheres no Ministério das Relações Exteriores do Afeganistão e na Organização das Nações Unidas (ONU).
Mais cedo, no sábado, membros do Taleban penduraram um cadáver em um guindaste em praça da cidade de Herat, no oeste do país, sinalizando um possível retorno de táticas brutais usadas pelo grupo no passado. Segundo o dirigente de uma farmácia nos arredores da praça, integrantes do Taleban levaram quatro corpos para a praça central da cidade e depois moveram três deles para outras partes da cidade, para exibição pública.
O Taleban alegou que os quatro homens participaram de um sequestro neste sábado e foram mortos pela polícia. Segundo o chefe da polícia distrital nomeado pelo Taleban em Herat, membros do grupo resgataram um pai e um filho sequestrados, após uma troca de tiros. Ele disse que os sequestradores foram mortos em fogo cruzado.
Na semana passada, um dos fundadores do Taleban disse em entrevista à Associated Press que o grupo poderia realizar execuções e amputações de mãos. Após a declaração, o Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que tais atos “constituiriam abusos flagrantes de humanos direitos”. Fonte: Associated Press.
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