Mas, se há semelhanças nas trajetórias de Alckmin e Nunes, há diferenças significativas. O tucano cita talvez a principal: “Fui seis anos copiloto de Mário Covas.” Outra diz respeito à formação “chapa pura” do governo.
Ambos eram do PSDB, ou seja, o poder não mudou de partido. Além disso, Alckmin já havia sido prefeito e deputado.
Um dos poucos participantes da missa de corpo presente celebrada na sede da Prefeitura, Alckmin também se recordou da fé que envolveu a doença de Mário Covas e também do neto. “Estive com Bruno há poucas semanas. Assim como o avô, nunca o vi reclamando da doença, do sofrimento. Muito impressionante pra mim essa resignação que os dois tiveram diante dos desígnios de Deus.”
O ex-governador ainda conta que a missa foi celebrada pelo mesmo sacerdote que acompanhou a família durante a doença de Mário Covas: o padre espanhol Rosalvino Morán Viñayo, um dos responsáveis pela Obra Social Dom Bosco, na zona leste. “Ele chegou a caminhar até Aparecida do Norte para pedir pela saúde de Mário Covas. É muito próximo de todos, dá conforto. Bruno mostrou que era um homem de fé, não merecia isso.”
Para Alckmin, o legado público de Bruno foi a coragem, a determinação em enfrentar a doença sem nunca se deixar desanimar. E a transparência. “Desde o primeiro momento ele informou a população não só sobre a doença, mas sobre toda a sua evolução”, afirma.
O tucano também elogiou a proximidade com o filho. “Ficou certamente para o Tomás o exemplo de bom pai. Sabe que um dia o visitei na Prefeitura e ele fez questão de abrir a porta da sala ao lado para me mostrar Tomás, que estava ali ao lado, estudando. Eles eram grudados, amigos mesmo, uma relação muito forte”, diz.
Diante da polarização política cada vez mais acentuada no País, Alckmin ainda ressalta que Bruno mostrava que era possível fazer política sem vale tudo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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